Projeto interdisciplinar e inovador de ensino, pesquisa e divulgação faz parte do Plano Diretor UFRJ 2020.

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Seminário Horizontes e Fronteiras apresenta o Espaço Alexandria

Projeto interdisciplinar e inovador de ensino, pesquisa e divulgação faz parte do Plano Diretor UFRJ 2020.

A tônica do discurso que marcou a abertura do Seminário “Horizontes e Fronteiras: desafios para a pós-graduação e pesquisa  na UFRJ – 2010” era a reflexão sobre o caminho que a Pós-graduação deve percorrer nos próximos anos. O seminário realizado nesta sexta (5/3) pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PR-2) trouxe indagações sobre o atual modelo de pós-graduação aplicado pela UFRJ, inspirado nos programas de pós-graduação norte-americano. O evento contou com a presença do professor do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo Méis  e da professora do Instituto de Geociências Bertha Becker durante a mesa-redonda “Fim do conhecimento?”.

Espaço Alexandria

Em palestra ministrada na parte da tarde, Luiz Bevilacqua, professor do Programa de Engenharia Civil da UFRJ, apresentou o Espaço Alexandria, projeto interdisciplinar e inovador de ensino, pesquisa e divulgação que faz parte do Plano Diretor UFRJ 2020, no auditório G122 do Centro de Tecnologia.

Na apresentação, que fez parte do seminário “Horizontes e Fronteiras”, Bevilacqua destacou que os estudantes não devem ingressar na universidade somente para se tornarem bons profissionais, como exige o mercado de trabalho, mas que devem ter alegria em buscar conhecimento. O professor foi contundente em decretar a morte da organização universitária tradicional. “Não há muito tempo para pensar e decidir. Precisamos correr riscos e essa não é apenas uma questão de rever currículos, acrescentar ou suprimir disciplinas”, avaliou.

Assim sendo, a universidade deveria, no entendimento de Bevilacqua, estimular a criatividade, diminuindo o número de aulas e aumentando a carga de trabalhos individuais dos estudantes, de forma a estimular a criatividade e consolidar a autoconfiança.

De acordo com Bevilacqua, o Espaço Alexandria seria "descurricularizado” e não-departamental, o que propiciaria o encontro e o diálogo de diferentes saberes, bem como seria o responsável por “aventuras intelectuais, nas quais se vislumbre aonde se queira chegar, mesmo ignorando o caminho”.

Bevilacqua defendeu que o Espaço Alexandria produza conhecimento de vanguarda, priorizando inovação e interdisciplinaridade em detrimento da lógica produtivista, que tem norteado o meio acadêmico brasileiro. “Milhões de textos são produzidos, mas que não passam de catálogos. Poucas ideias são boas. Não digo que seja para não publicar, mas a publicação não deve ser sobrevalorizada”, concluiu.