“Encontro Nacional de Divulgação de História e Ciências Sociais”, realizado na última sexta, debateu o uso das novas tecnologias da informação para a divulgação científica.

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“Encontro Nacional de Divulgação de História e Ciências Sociais”, realizado na última sexta, debateu o uso das novas tecnologias da informação para a divulgação científica.

O último painel do evento “Encontro Nacional de Divulgação de História e Ciências Sociais” aconteceu na última sexta, dia 11, na Casa da Ciência. A mesa de debates “Internet e rádio” reuniu Bernardo Esteves, editor do site Ciência Hoje; o economista André Urani; Bruno Leal, criador do site Café História; e Keila Grinberg, professora de História e colunista do site Ciência Hoje.

Esteves defendeu o uso da web 2.0 na divulgação de descobertas científicas: “Estou fascinado com essas ferramentas, com esses novos conteúdos”. O jornalista afirmou que, antes do surgimento dessa tecnologia, os cientistas precisavam submeter seus trabalhos a revistas de renome na área, nas quais seriam avaliados por seus pares. Hoje, antes de serem publicados oficialmente, já podem colocar suas descobertas em blogs. “Se Galileu estivesse aqui, com certeza teria um blog e um Twitter”, brincou Esteves.

O jornalista ainda frisou a importância das novas ferramentas para a socialização do conhecimento. Keila Grinberg também considera essencial que as pesquisas acadêmicas sejam divulgadas fora desse meio. “A divulgação é um instrumento de educação”, analisou. Contudo, a historiadora lamentou a pouca adesão dos acadêmicos à nova realidade. “É uma pena que os nossos pares valorizem tão pouco essa forma de compartilhar conteúdo”, comentou.

Segundo Keila, “não precisa ser só um lugar de informação rápida. Pode ser um local de reflexão”. Bruno Leal corroborou essa ideia, falando sobre sua rede social, o Café História. Jornalista e historiador, Leal decidiu juntar seu conhecimento ao de professores, alunos e amantes de História do país em sua página na web. Todos podem contribuir com o conteúdo, debatendo temas que vão desde a Revolução Francesa a Cuba.

André Urani contou a própria história, relatando que saiu da Academia e decidiu trabalhar com políticas públicas. Convidado para divulgar suas ideias na rádio CBN, logo desistiu. “Eles me deram um horário ruim, é preciso conhecer o ouvinte de cada faixa de tempo e oferecer conhecimento adequado ao público.”