Nesta sexta-feira (13/11), por volta das 10h30, o bloco E do Centro de Tecnologia (CT/UFRJ) parou. Um vazamento de gás gerou um pequeno incêndio que foi controlado pela Brigada de Incêndio do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), até que o Grupamento Operacional para Tecnologias Avançadas (GOTA) chegasse. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência socorreu duas vítimas; ambas passam bem. Tudo, porém, não passou de uma simulação programada pela IV Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho Coppe/Coppetec (SIPAT).
O falso incêndio encerrou o evento que é realizado há quatro anos pela assessoria de qualidade da Coppe com o objetivo de conscientizar e divulgar a cultura de segurança no trabalho. Pela primeira vez a SIPAT abarca todas as unidades do CT. De acordo com a assessora do Sistema de Qualidade Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Coppe, Rosane Detommazo, a inclusão de todas as unidades tentou aumentar a participação do público. “Na Coppe a participação de professores e funcionários está crescendo, mas ainda é pequena”, disse.
Conceito de pânico
No dia de abertura, o Coronel Roberto Lucente, diretor do Instituto Tecnológico de Defesa Civil, apresentou a palestra sobre segurança e controle do pânico. Segundo Lucente, o estado de pânico é um processo raro resultante de diversos fatores, e não algo que se inicie facilmente. “Há certa nebulosidade na definição de pânico. A conduta, que pode parecer irracional vista de quem está de fora da situação, é perfeitamente racional para quem está dentro do acontecimento. De acordo com algumas teorias, para que haja pânico é necessário que a estrutura do local não propicie o escape, que as pessoas se mobilizem para a fuga, que estejam ansiosas, tensas e histéricas, e que ajam precipitadamente”, explicou.
Roberto Lucente comentou ainda que existem poucas pesquisas científicas sobre prevenção e combate de incêndios e pânico. “Um dos meus objetivos aqui é estimular estudos sobre prevenção e combate de incêndios e sobre pânico”, declarou.
Saúde dos funcionários
Na quarta-feira (11/11), a discussão sobre os vícios e seus reflexos na saúde tornou-se o centro das atenções. Os médicos José Mauro Brás de Lima, diretor do Hospital-Escola São Francisco de Assis (Hesfa/UFRJ), e Alberto José de Araújo, diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (NETT) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), debateram com o público sobre tabagismo, álcool e drogas.
O doutor José Mauro explicou que o álcool é uma causa de morte pouco reconhecida. Ele contou que durante os finais de semana chegam aos hospitais muitos casos de pessoas com problemas de saúde devido ao consumo contínuo de álcool, mas que não são reconhecidos como causados por bebidas alcoólicas. “Isso é causado pela formação tradicional médica, que não reconhece os malefícios do álcool e não tem em seus currículos uma matéria que cubra esse assunto.”
Na palestra seguinte, Alberto José alertou para a mudança da imagem do cigarro e quanto à discriminação com os fumantes. “Antigamente, não fumar era ser cafona. A mulher que fumava era sexy. Hoje em dia não há mais essa imagem. As pessoas já estão percebendo os estragos causados pelo cigarro. Mas não se pode tratar os fumantes como párias sociais. O fumante, antes de mais nada é um dependente e precisa ser tratado”, concluiu.
Na quinta-feira (12/11), o dia foi voltado para a discussão da prática de atividades físicas e correta alimentação. Os interessados em conhecer mais sobre prevenção de acidentes podem procurar a equipe de prevenção interna de acidentes de trabalho pelos telefones 2562-7777 ou 2562-8473 (Assessoria de Sistemas de Qualidade).