Categorias
Memória

Programa Nacional de Pesquisa em Biodiesel discutido no Instituto de Economia

Na terça-feira, 29 de setembro, o Instituto de Economia da UFRJ (IE) realizou mais um Seminário de Pesquisa. O evento, que aconteceu na sala 102 do IE, cobriu o tema "A Dimensão Regional do Programa Nacional de Pesquisa em Biodiesel (PNPB)" com a apresentação de René de Carvalho, professor do Instituto. O seminário tratou das dificuldades, problemas, idéias e soluções compostas no programa e das influencias dele no desenvolvimento regional.

De acordo com o professor com a economia ambiental estando em alta deve-se procurar novas formas de desenvolver a indústria do biocombustível. A melhor forma de explorar as vantagens que o país dispões seria se tornar um pólo de produção de máquinas e equipamentos e de tecnologia, não se limitando à produção de óleo vegetal e biodiesel. "Com a evolução econômica e ambiental do planeta, abriu-se uma nova janela no mercado de biocombustíveis." comentou.

Os impactos sociais também foram abordados na palestra "Foram bastante contraditórios" disse René "Tivemos aspectos negativos a nível social e regional. Os bóias frias são o maior exemplo." completou. O PNPB define os instrumentos para efetivação das dimensões social e regional, o que permite avaliar sua eficácia. Dentre os instrumentos utilizados estão incentivos fiscais e à raridade de matéria prima, leilões de biodiesel e construção de pólos locais de produção.

A discussão sobre as relações entre agricultura e desenvolvimento também foram bastante examinadas. O exemplo do desenvolvimento dos mercados da mamona que ampliou o mercado agroindustrial foi usado para demonstrar como que, com essas evoluções, surgem novas funções no complexo agropecuário interferindo positivamente no desenvolvimento regional.

Dentro disso, questão do desenvolvimento do nordeste semi-árido foi discutida. De acordo com o diagnóstico do PNPB, parte do problema estaria na falta de um produto específico da área, como foi o álcool nos anos 80. A busca pela incorporação de produtos do semi-árido na estrutura do biocombustível dependeria de alguma forma de incentivo já que o cultivo de mamona, por exemplo, só rende aos produtores o equivalente a dois salários mínimos anuais (uma bolsa família mensal).