O Processo Endêmico-Epidêmico da Dengue no Município do Rio de Janeiro de 1986 a 2009 foi um dos trabalhos apresentados por alunos da Faculdade de Medicina durante a Jornada de Iniciação Científica da UFRJ na terça feira (6/10). Realizado por Mariana Pinto, Natália Ferreira, Mariana Martins e Paulo Maurício Soares Pereira Filho, que contaram com a orientação do professor Roberto de Andrade Medronho, os alunos destacaram que o município do Rio de Janeiro vem sofrendo epidemias sucessivas de dengue desde 1986. A detecção precoce da epidemia pode orientar a adoção de medidas de controle da doença e a pronta organização da assistência aos pacientes.
O estudo teve como objetivo analisar a tendência histórica de incidência de casos de dengue no Rio de Janeiro e entender o processo epidêmico de 2007/08. Segundo o estudante Paulo Maurício Soares, o governo não tem levado a sério a prevenção às epidemias de dengue, já que apesar de saber que é uma doença que tem epidemias a cada quatro ou cinco anos não investe de maneira efetiva na sua prevenção, além de negar a real extensão do problema.
A metodologia empregada foi o cálculo da incidência mensal da doença entre o período de abril de 1986 e abril de 2009, e elaboração de gráficos que expressassem estes resultados. Também foram elaborados gráficos para os períodos epidêmicos que tiveram a introdução de um novo sorotipo, para identificar o padrão de distribuição temporal da incidência.
O estudo chega à conclusão de que o reconhecimento precoce de uma epidemia é fundamental para a organização da assistência médica e adoção de medidas de controle que evitem mortes em decorrência da doença.