Para os palestrantes é preciso formar uma cultura de propriedade intelectual e  comercializar a tecnologia produzida na universidade.

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Brasil precisa incrementar comércio de tecnologia

Para os palestrantes é preciso formar uma cultura de propriedade intelectual e  comercializar a tecnologia produzida na universidade.

 A International Association of University Presidents (IAUP), entidade que congrega os reitores de universidades distribuídas por mais de cem países, realizou nesta terça, dia 20, o encerramento do Seminário Latino-americano “Inovação e Universidades” no Salão Nobre da Decania do Centro de Tecnologia da UFRJ (CT). A necessidade de formar uma cultura de propriedade intelectual e da comercialização da tecnologia no país ficou evidente para os participantes do evento.

Durante três dias, representantes de universidades brasileiras e latino-americanas estiveram reunidos no Rio de Janeiro para promover o intercâmbio, relatar os casos de sucesso e discutir a melhor maneira de aperfeiçoar a articulação entre governo e empresas, além de avaliar os impactos sobre os programas de graduação.

O gerente-geral de gestão tecnológica do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), José Roberto Fagundes Netto, apresentou durante o seminário as ações que a empresa vem desenvolvendo na área de Desenvolvimento e Pesquisas. Segundo ele, desde 2006 a Petrobras investe algo em torno de R$ 400 milhões por ano na infraestrutura das universidades, implantando laboratórios e centros de pesquisas.

Netto esclareceu que uma nova fase está começando, já que os investimentos pesados em infraestrutura já foram realizados. “Agora, o processo será mais seletivo e a prioridade é formar profissionais na área de energia, treinando e capacitando em diversos pontos do país. Só no Rio, no Parque Tecnológico da UFRJ a demanda será por mais 300 pesquisadores em 2010”, informou ele, que ciceroneou uma visita às instalações do Cenpes e do Parque Tecnológico da UFRJ.

Ao realizar um balanço do evento, o ex-reitor da UFRJ Paulo Alcântara Gomes ressaltou a necessidade de aperfeiçoar os processos de articulação entre as universidades e as empresas, além de implementar uma cultura de propriedade intelectual e da comercialização da tecnologia. “Precisamos aproximar os pesquisadores dos projetos que são hoje determinantes para o desenvolvimento econômico e para o incremento da competitividade do Brasil”, afirmou ele, um dos principais articuladores do evento.

De forma positiva, o Seminário estabelece para o futuro das universidades, segundo Paulo Gomes, o compromisso de implementar novas estruturas curriculares, mudar a filosofia de concessão de tempo integral e de uma  articulação maior com os organismos ligados ao desenvolvimento.