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Performance em todo lugar

“Muitos dizem que a performance é algo do próprio ser humano. Algo que faz parte de nós.” Com essa frase, da consultora de negócios Camila Santo, o V Congresso de Engenharia do Entretenimento ganhou tom. Realizado no dia 13/10, o evento “A performance na arte, nos negócios e na vida” foi uma mesa aberta para debates que contou também com a participação da curadora de arte Daniele Labra, da consultora vocal Alba Líria e de Weld Encarnação, terapeuta corporal. O Congresso continua até quarta (14/10). Inscrições, para recebimento de material, ainda podem ser efetuadas através do site do evento (www.lee.ufrj.br/vcee).
As definições de modelos de performance e em que campos se inserem foram os pontos principais abordados. Para Camila Santo, a performance acontece em tantos campos que não assume faces iguais em cada um deles. “Ela permite a expressão do indivíduo, mas também é utilizada no mundo dos negócios”, explica. Além disso, é multidisciplinar, não assumindo um campo de pesquisa específico.
No evento, foram enumeradas as diversas manifestações de performance existentes, em diversos planos da vida. Rituais religiosos, discursos políticos, o estímulo ou criação de uma comunidade, e mesmo os atos de ensinar, persuadir ou convencer já teriam em si algum grau, maior ou menor de performance.
Atualmente diversas áreas lidam com o ato da performance, em que se incluem o teatro, a dança, as artes visuais, o circo e a comunicação. Diferentemente do que acontece com o fenômeno Happening (que não carece de público, apenas de participantes), a performance lida com uma plateia e exige resposta dela. Não é à toa, neste sentido, que muitas empresas contratem ajuda terceirizada para a área.

Existem grandes polos de referência ao setor. Cidades como Nova Iorque, Califórnia, Texas, Quebec, Londres, Amsterdã e Coimbra demonstram que a maioria deles encontra-se no Hemisfério Norte. No entanto, Santo lembra que atualmente o Rio de Janeiro também está na categoria, juntamente com São Paulo.
O evento demonstrou possuir um grande potencial para chamar a atenção dos futuros universitários: muitos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, cujo interesse voltava-se para a área do entretenimento e da publicidade, estavam presentes.