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Crescimento das cidades gera novas atividades no campo

O trabalho apresentado, nessa terça-feira (6/10), pelos estudantes de Geografia Arthur Almeida da Silva Guimarães e Marcelo Ferreira Machado na XXXI Jornada Científica Júlio Massarani tenta analisar como a evolução das cidades influencia no campo. Orientados pela professora Ana Maria de Souza Mello Bicalho, os alunos observaram como as microrregiões do Vale do Paraíba Fluminense e de Barra do Piraí responderam às modificações das cidades no entorno.

Os alunos perceberam a partir de análises demográficas que durante o século XX o sul fluminense sofreu de maneira diferenciada um esvaziamento do campo. “A mão de obra agrícola diminuiu em todos os municípios. Até a década de 1980, houve um aumento da mão de obra industrial, após isso ela começa a entrar em declínio. Nós também percebemos que houve  diversificação da mão de obra, com aumento nos setores de serviços e transporte”, comentou Marcelo.

De acordo com os dados apresentados, apesar da diminuição da mão de obra agrícola, a produção agropecuária em Resende e Valença aumentou. O turismo também apresentou  crescimento. “Nós observamos que o turismo apresenta uma subdivisão entre turismo consolidado, mais ligado à natureza, e o turismo rural, relacionado com atividades do campo. Cerca de 75% dos estabelecimentos hoteleiros estão em áreas rurais”, informou Arthur.

Se no passado apenas a produção leiteira movimentava a economia, hoje novas atividades se apresentam no campo, como a plantação de flores, criação de trutas, loteamentos de terras para construção de condomínios de luxo e o turismo rural. “Essas atividades estão sendo influenciadas tanto pelo consumo local quanto pelo governo do estado. Assim o campo acaba passando por uma reestruturação em que novas funções surgem. O crescimento da cidade que vem ocorrendo na região não significa a estagnação do campo nem o desaparecimento das atividades tradicionais. Ele acaba estimulando o surgimento de novas atividades”, concluiu.