A Olimpíada e a UFRJ

Está confirmado: o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Em cerimônia realizada em Copenhague, capital da Dinamarca, na tarde desta sexta-feira, dia 2, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a cidade brasileira abrigará a XXXI Olimpíada da Era Moderna.
 
A partir de agora, o país começa a preparar a infraestrutura necessária para receber atletas e delegações em 2016. Nesse caminho, as universidades, em especial a UFRJ, têm muito a contribuir. Alguns pontos do Plano Diretor UFRJ 2020 – documento extensamente debatido pela comunidade acadêmica ao longo de 2009, que será apresentado ao Conselho Universitário no próximo dia 8 de outubro -contemplam projetos que podem se articular com a organização das Olimpíadas.
 
Um deles é o Complexo Integrado de Atividade Física (Ciaf), que pretende comportar estádio de atletismo, parque aquático, ginásio poliesportivo, ginásio de atividades múltiplas, arena de lutas e o Laboratório do Ser Humano em Movimento. Se efetivado, o Ciaf servirá não só para o treinamento de profissionais de alto rendimento como também à formação de atletas.
 
Waldyr Mendes Ramos, diretor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), acredita que as Olimpíadas podem acelerar a construção do Ciaf. “Levamos membros do Comitê Olímpico Brasileiro para reuniões do Plano Diretor. Eles conhecem o Ciaf.  O ministro do Esporte também teve acesso ao projeto. As ideias devem ser transformadas em ações efetivas. À medida que houver recursos, ficará mais perto a efetivação do Ciaf. Com os Jogos Olímpicos, nossa esperança aumenta”, ressalta.
 
O professor explica, entretanto, que a UFRJ está escalada para servir como área de treinamento e não de competição nos jogos. As delegações dos diversos países só poderão utilizar as dependências da universidade para treinar suas equipes com antecedência.
 
Entusiasta da eleição do Rio de Janeiro como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, Waldyr confia que o evento trará benefícios não só para a universidade como também para a cidade como um todo. “Há a possibilidade real de melhoria no transporte público de massa. Mas temos que começar a trabalhar ontem para fazer dos jogos olímpicos de 2016 um sucesso”, finaliza.