A mesa-redonda Práticas Discursivas, Gênero e Teoria Queer trouxe para o auditório G1 da Faculdade de Letras (FL), na manhã da úlima sexta, dia 21, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Guacira Lopes Louro, especialista em gênero e sexualidade. Coordenado pela professora da UFRJ Branca Falabella, o evento também contou com a palestra do professor da FL Luiz Paulo Lopes.
A professora gaúcha ressaltou a força que o discurso do sexo imutável tem sobre as pessoas. “A cultura assume que um corpo deve ser definido como macho ou fêmea. Há um caráter político nisso e nós achamos natural.” A especialista em sexualidade também falou sobre avanços que ocorreram nos últimos anos. Segundo ela, a maior força de grupos que defendem a diversidade sexual tem levado a uma discussão maior sobre o assunto. Porém, esses avanços ainda são pequenos. “São apenas fissuras”, afirma.
Depois, foi a vez do professor Luiz Paulo da Moita Lopes fazer sua palestra sobre a teoria queer, que defende que não existem papéis sexuais definidos biologicamente. Segundo Luiz Paulo, “a sexualidade é dinâmica”. O professor também mostrou a importância de pensar na lógica da coexistência e falou sobre a importância da mudança: “É tempo de nos reinventarmos.”