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Em busca da saúde física e mental

Diante da atual ameaça causada pela gripe suína, a ioga, base da filosofia indiana, pode oferecer meios para aumentar a imunidade do corpo humano e prevenir outras doenças. Os benefícios trazidos ao corpo e à mente pela atividade foram apresentados nesta quarta-feira (12/08) por Juliana Vilarino, Ved Arora, Bianca Freitas e Sripad Bhaktivedanta Vana Maharaja em mesa-redonda realizada durante o Índia em Foco, evento organizado pela Decania do Centro de Tecnologia (CT/UFRJ).

De acordo com Ved Arora, a prática constante de hataioga, ramificação da ioga baseada no fortalecimento físico, ajuda a prevenir doenças através de correções posturais e respiratórias. Segundo informou, a má postura que acompanha muitos jovens é responsável pelo cansaço, estresse e outras doenças.

“As posturas trabalham de várias formas com o nosso corpo. A medicina tem dado valor aos efeitos terapêuticos da ioga para melhorar a circulação sanguínea, o equilíbrio glandular, a digestão, depressão, alergias e outras enfermidades. A prática de hataioga nos ensina a respirar de maneira correta e, enquanto fonte de vitalidade, a respiração é fundamental para o equilíbrio emocional, mental e físico das pessoas. Se pensarmos, por exemplo, na gripe suína, ao melhorar a respiração o indivíduo consegue aumentar sua imunidade”, disse Ved Arora,  acrescentando: “O ‘como respirar’ é um segredo que poucas pessoas sabem”.

A hataioga é considerada o primeiro passo na prática de rajaioga, modalidade baseada no domínio interno das atividades mentais. Segundo Juliana Vilarino, além dos benefícios ao corpo e à mente, a meditação pode ser considerada  um ato de responsabilidade social. “Ao melhorar internamente, melhoramos a nossa relação interpessoal”, disse.

No entanto, a forma como a ioga é praticada no Ocidente se distancia dos objetivos propostos pelos orientais. De acordo com Bianca Freitas, que apresentou parte do seu trabalho de conclusão de graduação em Educação Física, “enquanto para os orientais a ioga é uma filosofia de vida, para os ocidentais ela é vista como aula, como algo que leva à liberação de perturbações da vida diária, sem que haja uma mudança com relação a vontades, desejos e apegos materiais”, explicou.

Ao final, o monge Sripad Maharaja destacou a bacti-ioga, um dos ramos da ioga que busca a comunhão com Deus por meio da devoção. Para ele, “na bacti-ioga não é possível a formação de nenhum tipo de ego”. O monge aconselhou: “Se vocês praticarem, garanto que serão muito felizes e obterão sucesso na vida”.