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Conselho participativo debate propostas para habitação

Representantes da UFRJ e da sociedade civil apresentam propostas para política habitacional na Cidade Universitária.

A diversidade na vida urbana foi uma das tônicas da quarta reunião do Conselho Participativo do Plano Diretor UFRJ 2020, nesta sexta, dia 17, sobre “Habitação, alimentação e serviços de comércio”. O evento aconteceu no Salão Nobre da Decania do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), contando com a participação de inúmeros segmentos da sociedade. 

Durante o encontro, Marylena Salazar, representando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj), entregou a proposta da Casa Retiro do Aposentado ao Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD). “Somos cerca de 4,6 mil e gostaríamos que os colegas, que porventura fiquem desamparados, possam ser acolhidos. A nossa proposta é inspirada no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, para atender cerca de 46 pessoas”, explicou Marylena.
 
Detalhes da política residencial universitária, quebrando o antigo conceito de alojamento, também foram explicados pelo presidente do CTPD, Pablo Benetti. “Queremos estimular a convivência, trazendo vida urbana para a cidade universitária. Os apartamentos construídos serão regidos pela modalidade de locação social, um modelo inédito no país. Os imóveis não são vendidos, mas alugados a preços módicos”, frisa Benetti, esclarecendo que a moradia será gratuita para estudantes de renda familiar até três salários mínimos.  “Eles terão subsídio integral. Queremos ter 10% da comunidade universitária morando em nosso campus. Para isso, previmos 3,5 mil moradias sociais; além de 4,5 mil unidades residenciais para estudantes na faixa entre 3 e 5 salários mínimos; 1,6 mil para funcionários técnico-administrativos e 400 para docentes.” 
 
A reunião ainda teve a presença de representantes da Caixa Econômica Federal (CEF), do Clube de Engenharia e de unidades acadêmicas. A gerente de projetos da Secretaria Municipal de Habitação, Cristina Barreto, elogiou a proposta dos Centros de Convergência, que funcionariam como bairros, oferecendo serviços e comércio. “Dentro de uma visão holística da realidade, é válido aproximar as residências dos locais de trabalho, além do menor tempo de deslocamento, o que propicia melhor qualidade de vida e aumenta a possibilidade de as pessoas trocarem ideias sobre a universidade como um todo.”