Escola de Serviço Social oferece aulas sobre pensamento marxista, história das revoluções e os principais pensadores da América Latina e do Brasil.

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Memória

UFRJ promove curso de extensão para integrantes do MST

Escola de Serviço Social oferece aulas sobre pensamento marxista, história das revoluções e os principais pensadores da América Latina e do Brasil.

A UFRJ está realizando, neste mês de julho, a segunda etapa do curso de extensão “Teoria social e produção do conhecimento”, voltado para 50 integrantes de movimentos sociais, dentre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O curso, com duração de três anos e ministrado sempre no período de férias (janeiro e julho), inclui módulos sobre o pensamento marxista, a história das revoluções e os principais pensadores da América Latina e do Brasil. As aulas ocorrem na Escola de Serviço Social (ESS), no campus da Praia Vermelha.

Os trabalhadores do MST viajaram de diferentes estados do país, como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Alagoas e Pará, para participar do curso. Durante o projeto, eles ficam acomodados no prédio anexo do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no mesmo campus. 

Segundo Ana Lúcia Soutto Mayor, coordenadora de extensão do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH), o curso pretende aproximar a universidade dos movimentos sociais. “Queremos promover o intercâmbio e a troca de conhecimentos entre a universidade e os movimentos sociais. O objetivo é que a universidade possa fazer, através de seu conhecimento acumulado durante a história, e nesse caso, a partir do pensamento marxista, uma revisão crítica e compreender os processos das revoluções. Isso possibilita aos militantes o conhecimento de uma teoria prática.”

Os integrantes do MST Antônio Alberto Pimentel (Beto), que veio do Pará, e Rosmeri Witcell, do Rio Grande do Sul, explicam que a importância do curso está relacionada ao entendimento da estrutura da sociedade capitalista. “Como pertencemos a diversas organizações, atuando em frentes diferentes, queremos entender a realidade e descobrir como podemos intervir para transformá-la. Entender os pensamentos de Marx e a forma de produção capitalista possibilita a compreensão até desta crise mundial. Através do conhecimento, garantimos que a análise da realidade não será errônea”, afirma Beto.