No contexto das comemorações do Ano da França no Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Paris VIII, através do Setor de Convênios e Relações Internacionais (SCRI), realizou, nos dias 18, 19 e 20 de junho, o colóquio internacional “Cooperação Universitária e Cultural entre o Brasil e a França: a experiência da Universidade de Paris VIII”.
A abertura do evento aconteceu no salão Pedro Calmon. A solenidade começou com a apresentação do hino nacional dos dois países, feita por duas alunas da Escola de Música da UFRJ. Em seguida, participaram da primeira mesa do dia Beatriz Resende, diretora do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Anne Marie Maculan, professora da Coppe/UFRJ, Jean Marc, pró-reitor da Universidade Paris VIII, Bernard Cassen, professor emérito e co-fundador da Paris VIII, Geraldo Nunes, diretor do SCRI, e Jean Claude, representante do Consulado Francês, dentre outros.
Geraldo Nunes comentou que foi aluno da Universidade Paris VIII no curso de Linguística Geral. “A experiência foi decisiva na minha formação intelectual. Os estrangeiros que estudam lá ganham mais do que uma universidade. Ganham uma boa formação como cidadãos”, afirma.
Jean Claude salientou a importância do intercâmbio entre os dois países. “O ano do Brasil na França foi em 2005. Vimos toda a riqueza e a diversidade do país. Agora, em 2009, queremos mostrar uma França moderna e aberta para o mundo. Acho que, nesse sentido, as duas universidades têm a mesma ambição. A experiência na Paris VIII é única. É a universidade que mais recebe alunos estrangeiros. A Paris VIII é uma universidade-mundo e a UFRJ também é”, afirma o representante do Consulado Francês.
O professor emérito Bernard Cassen falou um pouco a respeito da história da universidade. Recordou ter tido o privilégio de participar da concepção da Paris VIII há 41 anos, dentro de um contexto movimentado, com o turbilhão de acontecimentos de 1968. Ele explicou o porquê do colóquio estar acontecendo na UFRJ. “A UFRJ e a Universidade Paris VIII – Vincennes – Saint Denis sempre tiveram relações profundas e amigáveis, marcadas por muita cooperação. Na época da ditadura, a nossa universidade acolheu, inclusive, muitos refugiados políticos. Por isso, queremos homenagear os universitários brasileiros. Agradeço a todos os professores da Paris VIII e da UFRJ. Entre nós, não há competição, mas uma cooperação estratégica para proteger a pesquisa universitária e as ciências humanas.”
Já a diretora do Fórum de Ciência e Cultura, Beatriz Resende, representando o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, comentou as influências francesas nos prédios da UFRJ e lembrou sua experiência na França, afirmando ao final: “Precisamos de cérebros, amigos e companheiros franceses para ajudar na defesa de uma universidade livre que colabore com a sociedade.”