Evento propõe transformar Rio de Janeiro em referência nacional em reciclagem.

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Seminário debate cadeia de reciclagem no Rio de Janeiro

Evento propõe transformar Rio de Janeiro em referência nacional em reciclagem.

Transformar o Rio de Janeiro na referência brasileira para a reciclagem, sendo modelo para todo o país e  o mundo, surgiu como proposta no 1º Seminário sobre a Política do Estado do Rio de Janeiro para o Desenvolvimento da Reciclagem, que aconteceu nesta quarta-feira, 24/6, no auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia (CT).

Na abertura do evento, organizado pelo Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano (IMA) em parceria com a Associação dos Recicladores do Estado do Rio de Janeiro (ARERJ), o decano do Centro de Tecnologia, Walter Suemitsu, ressaltou a importância de todos que atuam na cadeia de reciclagem. “Aqui na decania, nós temos o Recicla CT, pois consideramos também importante o papel da universidade nesse contexto, mas gostaria de destacar o trabalho da Arerj, porque de nada adiantaria coleta seletiva sem processo de reciclagem”, afirmou.

A representante do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Pólita Gonçalves, apresentou as diversas ações do governo estadual para promover a capacitação de gestores públicos no trabalho de coleta coletiva e também nas atividades integradas para destinação de resíduos sólidos, em conformidade com a legislação ambiental. “Esse evento permite o aprofundamento do conhecimento técnico da cadeia produtiva da reciclagem e aumenta o engajamento dos diversos atores com a implantação da coleta seletiva. A missão do Inea é contribuir para que a evolução aconteça. Não adianta só a Arerj atuar, ela precisa integrar os diversos atores da cadeia: o poder público, as cooperativas de catadores, os geradores, a academia. Todos nós temos essa responsabilidade de atuar de modo integrado, unindo os diferentes pontos de vistas em vez de torná-los incompatíveis”, defendeu ela.

De acordo com o presidente da Arerj, Edson Freitas, a parceria com o IMA visou a preparar melhor as pessoas que estarão em papéis-chave e envolvidas com a área do meio ambiente, para que todos conhecessem melhor toda a cadeia de reciclagem. “As coisas estão mudando e todos precisam se enquadrar em uma política socioambiental sustentável”, disse.

Ao apresentar o histórico de uma empresa de reciclagem carioca, Freitas cobrou uma participação maior da Arerj nas decisões políticas e também uma política tributária que contemple com isenções as empresas do segmento.

A professora Eloísa Mano, que praticamente deu uma aula sobre a formação de polímeros, explicou que o crescimento populacional e o aumento do consumo desencadearam a preocupação com o destino dos resíduos. Segundo ela, a solução ideal seria o reaproveitamento pela natureza como no passado, mas como isso não é possível, o homem tem de encontrar meios de aplicações para os materiais obtidos da reciclagem, tentando atingir um grau de qualidade competitiva.

A coordenadora dos programas de extensão do IMA, professora Cláudia Elias, e a professora Elen Vasques Pacheco ressaltaram o papel da universidade no desenvolvimento da reciclagem. “O IMA pode auxiliar no encontro de soluções para dar maior valor agregado aos produtos reciclados, com um processo limpo de recuperação de resíduos. Além de desenvolver tecnologia para processos e produtos, nós podemos fazer uma análise do ciclo de vida. Não é um simples processo de reciclagem, deve ser também ecologicamente correto”, destacou Elen Pacheco.