Representantes das escolas de Medicina de todo o país se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 18, no Auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, para discutir o funcionamento do Fórum de Diretores e Coordenadores das Faculdades de Medicina. O grupo, criado oficialmente em setembro do ano passado durante congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tem o objetivo de atuar como instância política contribuindo na formulação de políticas públicas em prol da melhoria da qualidade do ensino de Medicina.">Representantes das escolas de Medicina de todo o país se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 18, no Auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, para discutir o funcionamento do Fórum de Diretores e Coordenadores das Faculdades de Medicina. O grupo, criado oficialmente em setembro do ano passado durante congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tem o objetivo de atuar como instância política contribuindo na formulação de políticas públicas em prol da melhoria da qualidade do ensino de Medicina.">
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Melhorias da qualidade do ensino de Medicina em discussão

Representantes das escolas de Medicina de todo o país se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 18, no Auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, para discutir o funcionamento do Fórum de Diretores e Coordenadores das Faculdades de Medicina. O grupo, criado oficialmente em setembro do ano passado durante congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tem o objetivo de atuar como instância política contribuindo na formulação de políticas públicas em prol da melhoria da qualidade do ensino de Medicina.

 Representantes das escolas de Medicina de todo o país se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 18, no auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, para discutir o funcionamento do Fórum de Diretores e Coordenadores das Faculdades de Medicina. O grupo, criado oficialmente em setembro do ano passado durante congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), tem o objetivo de atuar como instância política contribuindo na formulação de políticas públicas em prol da melhoria da qualidade do ensino de Medicina. O encontro termina no dia 19, com a definição dos temas prioritários para elaboração das ações e construção de uma agenda para futuras discussões.

A abertura do evento teve a presença de Sylvia Vargas, vice-reitora da UFRJ, José Luiz de Sá Cavalcanti, diretor do Instituto de Neurologia, Antônio Ledo, diretor da Faculdade de Medicina (FM/UFRJ), e Mourad Belaciano, presidente da Abem. Na primeira parte da reunião, diretores e coordenadores buscaram discutir o conceito, os objetivos e os aspectos operacionais do Fórum.

Durante sua apresentação, Antônio Ledo explicou a importância de a entidade se constituir num espaço de caráter permanente para reflexão de temas de interesse das escolas médicas. Apesar de a discussão estar num estágio inicial, alguns consensos podem ser destacados, segundo o diretor da FM/UFRJ. “Os participantes entendem que o Fórum é um ente político, que poderá agir a partir dos temas que vamos priorizar. Faremos pelo menos duas reuniões presenciais por ano. Uma rede virtual também será criada com o apoio da Abem para que o Fórum possa existir independentemente das reuniões presenciais. Isso abre uma possibilidade imensa de intercâmbio, de troca de experiências e de discussões nessa rede virtual”, afirmou Ledo.

Avaliação

Outro tema discutido é o estabelecimento de diretrizes para a avaliação dos estudantes de Medicina. Segundo Mourad Belaciano, a cultura da avaliação nas faculdades ainda é precária. “Temos que aprofundar a discussão sobre os modelos de avaliação, incorporá-los como parte inerente do processo educacional. Há novas metodologias de avaliação, que precisam andar juntas com as metodologias de ensino e aprendizagem”, defendeu.

O presidente da Abem também criticou a proposta de nacionalização de um exame, em tramitação no Congresso Nacional, como pré-requisito para ingresso dos graduados na prática médica, como já ocorre em São Paulo. “É preciso ter algum tipo de avaliação, mas não esse modelo. Achamos que ela tem que ocorrer durante a formação, avaliando também a escola, e não apenas penalizando o aluno a posteriori”, afirmou Belaciano.

Durante o debate no Instituto de Neurologia, diretores e coordenadores citaram a falta de infraestrutura das faculdades de Medicina, maior incentivo ao corpo docente e ampliação do quadro de funcionários técnico-administrativos como temas prioritários do Fórum. Outro aspecto levantado foi a adequação dos cursos às diretrizes curriculares do Ministério da Educação (MEC).