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Maternidade-Escola discute importância dos bancos de dados

Diante da grande quantidade de informações disponíveis no mundo digital, discute-se cada vez mais a necessidade de criação de bancos de dados para a resolução de problemas diários. Pensando nessa questão, a Maternidade-Escola da UFRJ ofereceu, no dia 2 de maio, a palestra “O consumo de materiais disponíveis nos bancos de dados on-line para o avanço das pesquisas nas áreas de saúde”. O evento, que abriu a I Jornada Científica de Enfermagem Obstetrícia e Neonatal e VI Semana de Enfermagem da Maternidade-Escola, teve como palestrante Enirtes Caetano Prates Melo, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). 

Segundo os coordenadores, a Semana de Enfermagem procura abordar as tecnologias do cuidar, preocupando-se com todas as variações pelas quais a gestante, a criança e o adolescente passam ao serem submetidos a esses novos métodos.  “O grande ponto é transformar o dado em informação. E isso só será possível quando houver certo tratamento ao dado, a partir de um processo de análise crítica, capaz de produzir um conhecimento e resolver um problema”, afirma a professora.

É preciso pensar que todo dado é uma distorção aproximada da realidade. A Epidemiologia, por exemplo, não lida com dados de natureza individual. Ao contrário, só é possível estudar as doenças que afetam a saúde pública a partir de dados que atingiram a população como um todo. Além disso, é imprescindível, segundo a especialista, a análise de todo o contexto social, baseando-se nas informações que podem influenciar o tratamento clínico. “Daquilo que fazemos na realidade, provocamos processos, que geram documentos e ficam disponíveis on-line”, salienta Enirtes.

Datasus

Ela ressalta que o problema atual é a sobreposição de informações. O objetivo é conseguir reunir os vários processos que dialogam entre si e que podem gerar um conhecimento mais útil e pluralístico. Segundo a professora, os dados de um sistema não devem ser vistos sob uma perspectiva uniforme. As realidades são diferentes e o uso das informações também.

Um dos bancos de dados mais importantes é o Datasus (www.datasus.com.br), órgão do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, Enirtes observa que poucas pessoas sabem como usá-lo de forma interdisciplinar. “Esses dados e informações são importantes para que enfermeiros e outros profissionais da saúde possam achar novas resoluções para os problemas que enfrentam, fazendo uso de novas ferramentas”, conclui.