Mesmo descumprindo determinações dos ministérios públicos do Trabalho (MPT) e Federal (MPF) para pôr fim as terceirizações, a Reitoria decidiu continuar pagando os extraquadros para garantir o funcionamento do hospital. Entretanto, a situação preocupa os manifestantes. “Precisamos de uma solução urgente, porque nossos salários estão ameaçados por questões financeiras e legais”, destacou Tiago Xavier, membro da Comissão dos Profissionais Qualificados Extraquadro do HUCFF, afirmando que, mesmo sem nenhuma proteção trabalhista, o serviço é cumprido com total compromisso com a instituição e com os usuários do HUCFF. “Nós não somos dispensáveis. Sem o nosso trabalho, a emergência fecha e há uma drástica redução das operações no Centro Cirúrgico.”
Para o conselheiro Agnaldo Fernandes, representante dos funcionários técnico-administrativos, a situação exige uma resolução efetiva e rápida para um problema que, segundo ele, se arrasta há anos na administração pública: “Eles já foram cooperativados, terceirizados e agora se tornaram extraquadro. O trabalhador não pode pagar a conta pela falta de concursos.” Antes da aprovação da moção, a vice-reitora, Sylvia Vargas, afirmou que todos na universidade estão “sintonizados e atentos às reivindicações dos extraquadros do HUCFF”.