Teve início ontem (12/05) o oitavo “Fórum Nacional dos Cursos de Geologia”, organizado pelos Departamentos de Geologia da UFRJ, UERJ e UFRRJ. Esse ano, serão discutidos, entre outros temas, os rumos dos cursos de graduação de Geologia no país, que vêm ganhando popularidade entre os vestibulandos nos últimos anos.
Só no vestibular 2009 da UFRJ, por exemplo, a relação candidato vaga chegou a 23,33, contra 8,38 do vestibular anterior. O fato foi lembrado pela decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Ângela Rocha dos Santos, na abertura do evento. Ela mencionou, ainda, a importância dos alunos de graduação.
— A gente discute os rumos da pós-graduação, mas esquece que o material humano de base está na graduação — declarou.
Além de Santos, estiveram presentes João Mendonça Filho, diretor do IGEO; José Pina, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Florival Carvalho, superintendente de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Petróleo e primeiro conferencista do dia.
Carvalho falou sobre fontes de investimento para o setor de petróleo e gás. O engenheiro químico apontou também o crescimento consistente do setor nos últimos onze anos, que teve as reservas dobradas de 1998 para 2009. Carvalho acredita que o Brasil evoluiu muito no ramo petrolífero, mas afirmou que é preciso atentar para os impactos ambientais da exploração.
— Tudo o que for necessário para o petróleo no Brasil nós temos que fazer, de forma eficiente e ecologicamente sustentável — considerou.
Placa geológica na Cidade Universitária
No final do dia, foi inaugurado o primeiro painel explicativo sobre a geologia da Cidade Universitária, ao ar livre, próximo à Biblioteca do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN/UFRJ). Ele faz parte do projeto Caminhos Geológicos, que já espalhou mais de 70 placas em diferentes locais do Estado do Rio de Janeiro. Uma iniciativa do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), o projeto visa divulgar para a sociedade, a história da geologia de cada local onde estão sendo instalados os painéis.
Para o professor Joel Gomes Valença, do Departamento de Geologia da UFRJ e um dos mentores da placa, a importância da iniciativa é principalmente sobre o ponto de vista cultural. “Isso já existe na Europa e nos EUA há uns 50 anos, demonstrando o que fazem os institutos de pesquisa, como é a geologia e a história do nosso local de convívio”, afirmou.
Serão instalados no campus, até o final do ano, mais quatro painéis, distribuídos na Pedra da Macumba (próximo ao CCMN), Morro do Quartel do Exército, Morro do Catalão e Morro do Instituto de Engenharia Nuclear. Até o final da semana, a placa inaugurada ontem (12/05), estará disponível na página eletrônica http://www.drm.rj.gov.br/.