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Ressonância ultra-rápida para produtos agroalimentares

Nesta sexta-feira (20/03), o I Simpósio de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) do Núcleo de Pesquisas em Produtos Naturais (NPPN) teve como um dos palestrantes Luiz Alberto Colnago, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Com a apresentação “RMN em produtos agroalimentares –  Métodos ultra-rápidos”, ele demonstrou as vantagens da aplicação da RMN para obtenção de imagens de alimentos, e os métodos que desenvolveu para acelerar a análise dessas imagens. “É possível analisar sementes dentro de uma fruta por RMN, observando seus principais componentes: óleo, água, proteínas e açúcares”, explica o professor. 

O grupo de Luiz criou um aparelho de RMN para medidas ultra-rápidas da quantidade e da qualidade de óleos vegetais presentes em sementes oleaginosas, como soja, mamona e amendoim, entre outras plantas empregadas na fabricação de biodiesel. A vantagem disso também é selecionar de forma mais ágil variedades de plantas comerciais e silvestres. E ainda acelerar os programas de melhoramento genético para a produção de biocombustíveis.

A técnica que desenvolveu é a ressonância magnética nuclear (RMN) de precessão livre no estado estacionário, na versão “Continuous Wave Free Precession” (CWFP), que pode ser usada para fins quantitativos, em um espectrômetro de baixa resolução. “Em relação ao RMN convencional, a CWFP possui qualidade de sinal muito superior”, destaca Luiz. A descoberta aumenta o número e a qualidade de análises por hora. Com a CWFP, é possível avaliar a qualidade interna de frutas intactas, por exemplo, e ainda medir a quantidade de gordura da carne, distinguindo facilmente se é de fêmea ou macho, e diferenciando as raças.