O grupo de trabalho formado para elaborar o Plano de Ocupação e Uso da Praia Vermelha (POUPV) realizou nesta terça, dia 10, a primeira reunião para discutir a proposta do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD) de integração das unidades acadêmicas da UFRJ na Cidade Universitária.

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Praia Vermelha discute mudanças

O grupo de trabalho formado para elaborar o Plano de Ocupação e Uso da Praia Vermelha (POUPV) realizou nesta terça, dia 10, a primeira reunião para discutir a proposta do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD) de integração das unidades acadêmicas da UFRJ na Cidade Universitária.

 O grupo de trabalho formado para elaborar o Plano de Ocupação e Uso da Praia Vermelha (POUPV) realizou nesta terça, dia 10, a primeira reunião para discutir a proposta do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD) de integração das unidades acadêmicas da UFRJ na Cidade Universitária. Dois objetivos iniciais orientam o trabalho dos integrantes do POUPV: conhecer a posição de cada unidade sediada no campus da Praia Vermelha sobre a proposta de transferência e debater as alternativas de ocupação para o Palácio Universitário, caso os cursos aceitem a proposta de concentração das atividades na Cidade Universitária. Uma das soluções seria aproveitar o espaço do prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para a criação de um centro cultural. Outro ponto em discussão é o destino dos programas e serviços de saúde mental oferecidos pelo Instituto de Neurologia e pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ.

Participaram da reunião, realizada no Instituto de Economia (IE), os integrantes do grupo de trabalho do POUPV: Carlos Frederico Leão Rocha, professor do IE; Ericksson Almendra, diretor da Escola Politécnica; Ivan Carmo, vice-prefeito da Cidade Universitária; Marcos Jardim, diretor do Instituto de Psicologia; Flamínia Flammini, representante do Instituto de Neurologia; e Carolina Barreto, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ.

O diretor da Escola Politécnica afirma que a proposta de transformar o Palácio Universitário em centro cultural pode contemplar uma demanda tanto da UFRJ quanto da própria cidade. Segundo Ericksson Almendra, uma garantia do Plano Diretor é manter o prédio histórico preservado. “Não se remove um tijolo e não se vende um centímetro do Palácio Universitário. Ele será inteiramente preservado e vai oferecer condições até melhores do que as atuais. Isso porque o Palácio não foi construído para receber sala de aula e o trânsito de alunos hoje é incompatível com o projeto original do prédio”, relata. Também está em discussão a instalação de um Centro de Convenções no campus da Praia Vermelha com o intuito de promover uma interação maior da UFRJ com a cidade do Rio de Janeiro.

Favorável ao projeto de concentração das unidades acadêmicas na Cidade Universitária, Ericksson afirma que o fator proximidade é fundamental para a criação de um ambiente multidisciplinar. “A proximidade, por exemplo, dos cursos da Tecnologia com os das Belas Artes permitirá que os estudantes de Engenharia tenham aulas de História da Arte. O mesmo acontecerá se estiverem mais próximos da Economia ou do IFCS, com aulas de Filosofia, Sociologia e História”, defende o diretor da Escola Politécnica.

Para Marcos Jardim, diretor do Instituto de Psicologia, o uso do Palácio Universitário como centro cultural não deve prescindir de uma discussão sobre segurança e circulação de pessoas, tendo em vista a importância do prédio como patrimônio histórico. Ele concorda que a proximidade física dos cursos permite maior integração entre os alunos, mas ressalta que esse envolvimento também pode ocorrer por meio de grupos de pesquisa e projetos integrados de pós-graduação.

Pólo de saúde

O diretor defende a idéia de transformar as atividades do Instituto de Neurologia e do Instituto de Psiquiatria num pólo integrado de saúde, envolvendo o Instituto Philippe Pinel e o Hospital Municipal Rocha Maia. Marcos Jardim afirma que, neste caso, será importante manter uma parte dos serviços de Psicologia e Serviço Social na Praia Vermelha. “A Psiquiatria, a Neurologia e o próprio Pinel têm pessoal ligado ao Serviço Social em seu serviço de ambulatório. Então, por hipótese, se o Serviço Social for para o Fundão, o prédio que desocupa hoje não poderia ser uma unidade de suporte para essas outras áreas? É possível. Precisamos discutir com tranqüilidade”, argumenta.

A representante do Instituto de Neurologia compartilha a idéia da troca de serviços entre os hospitais do entorno para reserva de um número maior de leitos. Com a sinalização do Plano Diretor sobre a permanência dos serviços de saúde no campus da Praia Vermelha, Flamínia Flammini explica a importância da visão integrada em saúde: “Os pacientes que procuram o Instituto de Neurologia são acometidos de doenças não neurológicas e necessitam de outros atendimentos. Então há necessidade dessa troca de serviços”, comenta.

Representando o movimento estudantil, Carol Barreto afirma ser prioridade a construção de um restaurante universitário na Praia Vermelha. “Essa é uma demanda concreta que vem da luta dos estudantes. Se a reitoria quiser incorporá-la como parte do Plano Diretor, não seremos contra.”

O professor Carlos Frederico Leão Rocha, do Instituto de Economia, enfatizou no encontro que os prédios desocupados com a transferência não poderão abrigar a expansão de cursos que optarem pela permanência no campus, conforme prevê o Plano Diretor.  Ele ressaltou a necessidade de os integrantes se reunirem com as equipes das suas respectivas unidades para elaboração das propostas para o POUPV.

O grupo volta a se reunir no próximo dia 17, às 9h, no Instituto de Economia. O encontro deverá contar também com um representante do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE). O prazo para a entrega do relatório com as propostas do plano de ocupação das instalações da Praia Vermelha é o próximo dia 9 de março.