O embate entre o azul e o encarnado (vermelho), como nas festas populares nordestinas, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, no hall de entrada do Centro de Tecnologia, com a apresentação do espetáculo Lembrança de um Natal Pastoril, pelos participantes das oficinas do Programa Humanizar, que integra as ações da Coordenação de Desenvolvimento Profissional (Codep/ UFRJ).
Durante mais de uma hora, o Pastoril envolveu os espectadores com apresentação de danças regionais e advinhas. Para o pintor Gilberto da Silva Meirelles, que assistia à apresentação, além das brincadeiras, o que chamava a atenção era o sincronismo e a organização. Já a aposentada Maria Correa da Silva, de 64 anos, imigrante da Paraíba, se emocionou e disse que o espetáculo lhe trouxe recordações da infância em sua terra.
O festejo é uma manifestação popular típica do Nordeste que ocorre no período natalino, no qual o público participa com assobios, risos, palmas e até vaias, estimulados pelos artistas amadores. Divididos em dois grupos: o azul, com representantes de Nossa Senhora; e o encarnado (vermelho), em defesa de Nosso Senhor, os artistas imprimem ao espetáculo um ritmo alegre e inesperado de movimento e animação.