O departamento de Geologia da UFRJ está em clima de festa. Em 2008, comemoram-se os 50 anos do primeiro curso de geologia do Rio de Janeiro. Com objetivo de festejar essa data, o Departamento inaugurou , na tarde desta quarta-feira, (04/12), o Museu da Geodiversidade, iniciativa que visa divulgar e difundir a ciência, em especial a geologia, para a sociedade.
A inauguração do museu é resultado das experiências adquiridas no ensino e na pesquisa pelo Departamento de Geologia e sua pós-graduação – que neste ano completa 40 anos. De acordo com Emílio Velloso, chefe de departamento do curso, foi recolhido enorme acervo de publicações, material didático e de pesquisa, o que motivou a realização do projeto.
Segundo ele, a finalidade do museu excede a função de abrigar minerais, fósseis e rochas, residindo na amostra de processos, fórmulas e na interação do homem com o meio geológico. "O Museu da Geodiversidade possibilitará um maior contato entre a sociedade e o meio acadêmico", afirmou Emílio.
Dados do MEC, mostram que na região metropolitana do Rio de Janeiro, existem cerca de 2,4 milhões de matrículas no ensino fundamental, médio e pré-escolar, somente no sistema público de ensino. Segundo chefe de departamento, o museu estará aberto a essa parcela, que normalmente não possui amplo contato com o meio científico, de forma a permitir ao jovem a experiência do ver e, que antes mesmo que esse ingresse na faculdade, tenha acesso ao que essa produz.
Apesar do curso ter sido criado em 1958, a história das coleções depositadas no Departamento de Geologia antecede a sua criação, já que o mesmo incorporou os materiais advindos da Faculdade Nacional de Filosofia. No decorrer destes 50 anos, houve um acentuado aumento do seu acervo, que hoje, ultrapassa a barreira de 20mil exemplares que variam entre minerais e fósseis, centenas de tipos petrológicos, além de mapas e objetos que relatam a história da geologia do Brasil e do exterior.
Cerimônia
Na solenidade de entrega de placas comemorativas pelo quinquenário do curso, estavam presentes Ângela Üller, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa; Ângela Rocha dos Santos, Decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN); João Graciano Mendonça de Souza e Filho, Diretor do Instituto de Geociências; Leonardo Borghi e Emílo Velloso, respectivamente, Coordenador de pós-graduação e chefe de Departamento de Geologia.
Para João Graciano, a “melhor homenagem é reunir todos aqueles que fizeram parte da história do Instituto de Geociências”. Mais que isso foi feito. Além da presença dos professores e alunos e ex-alunos de Geologia da UFRJ, compareceram membros do corpo docente de diversas universidades.
Até meados da década de 50, o contingente de profissionais envolvidos com a geologia no Brasil não passava de meia centena e desenvolvia atividades ligadas à pesquisa para o conhecimento do arcabouço geológico do território brasileiro e a prospecção mineral, incluindo o petróleo. Nesses 50 anos de ensino e aprendizagem, o número de formados pelo Departamento de Geologia ultrapassa 1000.
De acordo com Emílio Velloso, atualmente, “procura-se ter um departamento que se adeque às necessidades do mercado, na formação de geólogos do Brasil e do desenvolvimento econômico e social do país”.