Antônio Barros de Castro, professor do Instituto de Economia (IE) da UFRJ, foi homenageado nesta terça, dia 16, com o título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em sessão solene do Conselho Universitário realizada no salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura. Participaram da cerimônia Aloisio Teixeira, reitor da UFRJ, Alcino Câmara, decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE/UFRJ), João Sabóia, diretor do IE, além de professores da instituição, alunos, ex-alunos, amigos e familiares do homenageado.
Em seu discurso, Barros de Castro falou sobre o momento atual da economia, com a crise do sistema financeiro internacional. Ele tratou da teoria das desproporções: “As fases de expansão prolongada levam a economia de mercado ao desequilíbrio. O volume total de crédito cedido nos Estados Unidos chegava a 284% do Produto Interno Bruto. Eram vendidos 17 milhões de carros ao ano. Essas condições tornam a economia vulnerável. O que aconteceu foi o estouro das bolhas de sabão”, comparou.
O homenageado abordou também sua relação com o Instituto de Economia da UFRJ e declarou-se fascinado por sua profissão: “A economia é uma ciência que requer a todo momento um resgate da história, da matemática, da psicologia”.
O reitor Aloisio Teixeira encerrou a sessão solene atribuindo aos professores eméritos da UFRJ o papel de símbolos de continuidade, exemplos para todos os professores da Universidade. “A cerimônia de concessão de título é a mais bonita e significativa cerimônia da UFRJ”, afirma o reitor, lembrando que, com a homenagem a Antônio Barros de Castro, completa-se o ciclo de homenagens aos formadores do moderno Instituto de Economia: “Castro é o nosso professor emérito por excelência”, concluiu Aloisio Teixeira.
Trajetória
Barros de Castro tem uma longa trajetória no ensino de economia. Nos anos 60 e 70, foi professor e pesquisador da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas (ONU), ingressando, em 1980, como professor titular do Instituto de Economia, onde lecionou até 2003.
Fora do Brasil, atuou como professor visitante nas universidades do Chile, Cambridge e Oxford, na Inglaterra, e Berkeley, nos Estados Unidos. É também membro do Institute for Advanced Study, na universidade norte-americana de Princeton. Em paralelo à carreira acadêmica, Barros de Castro foi presidente, em 2002, e diretor, no período entre 2004 e 2007, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Atualmente trabalha como professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Pública, Estratégias e Desenvolvimento do Instituto de Economia da UFRJ e exerce o cargo de assessor da Presidência no BNDES.