O Projeto “Comparando o português brasileiro com o português europeu: um estudo através da morfologia distribuída”, apresentado pela aluna de letras Regiane das Neves de Souza e orientado pela professora Miriam Lemle, discutiu as diferenças entre o português utilizado em Portugal e em nosso país e questionou ainda se elas são ou não a mesma língua.
A estudante explicou que as diferenças encontradas na Língua Portuguesa nos dois países são centradas em quatro diferentes aspectos lingüísticos: 1) O emprego de diferentes raízes para nomear o mesmo objeto, como a palavra “cueca” que designa, em Portugal, o mesmo que “calcinha” no Brasil; 2) A mesma raiz podendo adquirir diferentes significados, a palavra “sebenta” é apostila para os portugueses e referente a “sujo de sebo” para nós, exemplificou Regiane; 3) Diferenças na seleção de sufixo, como o nosso comparecimento e a comparência portuguesa; 4) Diferenças mínimas no objeto, como a palavra “investigador” que além do Atlântico pode significar também pessoas envolvidas em pesquisa de nível superior – existe nas universidade portuguesas “bolsa de investigação”, além de policiais como no Brasil.
Dessa forma, Regiane de Souza concluiu a Língua Portuguesa impreterivelmente é a mesma em Brasil e Portugal e a diferença que se percebe entre seus idiomas é apenas em questões e aspectos lingüísticos.
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