O comitê técnico do Plano Diretor UFRJ 2020 conheceu no último dia 3, a proposta de criação de uma orla de esporte e lazer. A idéia foi apresentada pela professora Maria Ângela Dias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)"> O comitê técnico do Plano Diretor UFRJ 2020 conheceu no último dia 3, a proposta de criação de uma orla de esporte e lazer. A idéia foi apresentada pela professora Maria Ângela Dias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)">
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Cidade Universitária tem projeto de orla para cultura e lazer

O comitê técnico do Plano Diretor UFRJ 2020 conheceu no último dia 3, a proposta de criação de uma orla de esporte e lazer. A idéia foi apresentada pela professora Maria Ângela Dias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

O comitê técnico do Plano Diretor UFRJ 2020 conheceu no último dia 3, a proposta de criação de uma orla de esporte e lazer. A idéia foi apresentada pela professora Maria Ângela Dias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (Proarq), com a intenção de diagnosticar os pontos convergentes entre o projeto e as diretrizes do Plano Diretor.

O objetivo é construir um parque urbano de caráter educativo no sentido de preservar e manter os ecossistemas nativos da Cidade Universitária. A proposta foi uma das contempladas pelo convênio firmado entre a UFRJ e o Cenpes/Petrobras. Seriam investidos R$ 600 mil na topografia e sondagem, além do projeto básico e executivo em uma área equivalente a 600 mil m2, ou 60 campos de futebol. “Já iniciamos as conversas com a população do entorno e moradores da Vila Residencial, além de termos realizado cursos, oficinas e seminários com a participação do Instituto Pereira Passos, da prefeitura do Rio de Janeiro, a Sociedade de Paisagistas e a Escola de Belas Artes (EBA)”, disse a pesquisadora.

A orla idealizada foi estimada em torno de R$ 94 milhões e seria dividida em seis setores: Ecológico, onde está prevista a criação de um parque ambiental e baixa densidade de edificações, orçado a princípio em R$ 7 milhões; Esportivo, área destinada à implementação de equipamentos para a prática esportiva, estimado em R$ 50 milhões; Eventos, local para a realização de festividades e integração dos estudantes, previsto em R$ 10,5 milhões; Cultural, onde seriam instalados espaços para espetáculos artísticos, avaliado em R$ 18,5 milhões; Histórico, integração com área militar e visitas educativas à Igreja do Bom Jesus, construída em 1705, estimado em R$ 5,9 milhões, e Cenpes, onde está prevista a ligação, através de ciclovia, entre os limites da área acadêmica com o Centro de Pesquisas da Petrobras, avaliado em R$ 1,6 milhão.

Na avaliação do comitê técnico, a proposta tem grande convergência com o conceito do Plano Diretor, mas alguns pontos precisam ser mais discutidos. “Na minha opinião, a prática esportiva, por exemplo, não pode ficar restrita à orla. É importante definirmos quais atividades serão exclusivas desta área”, apontou Carlos Vainer, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur).

A proposta da construção de um anel viário, feita pela comissão, para o tráfego de veículos periférico à área de atividade acadêmica foi um dos pontos de discordância entre o projeto da pesquisadora e do comitê. “A partir da área delimitada do parque poderei constituir um grupo de trabalho para dar andamento ao projeto”, argumentou.

A Cultura foi uma das vocações da proposta identificada pelos membros da comissão. Ainda segundo Vainer, a orla pode servir como ponto de confluência de eventos deste gênero. “É importante acolher iniciativas que não tenham espaço em outras partes da cidade”, opinou.

O presidente do grupo de trabalho, Pablo Benetti, concorda com Vainer. “Podemos utilizar este projeto como ponto de vinculação da Cidade Universitária com o município do Rio de Janeiro. O que vai torná-lo viável é justamente esta interseção”, comentou.