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Gincana de cadeirantes promove interação entre pacientes

 A II Gincana Anual da Reabilitação de Cadeirantes aconteceu nesta sexta-feira (14/11), no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). “Temos a proposta de uma atividade recreativa dentro de um espaço terapêutico para pessoas que se reabilitam aqui no hospital”, declara Denise Xerez, chefe do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do HUCFF. De acordo com ela, este setor procura tratar indivíduos portadores de grandes incapacidades, que normalmente possuem limitações para atividades sociais.

— Tentamos fazer anualmente este evento para que os pacientes de horários diferentes tenham contato e também para conhecermos suas famílias. É interessante realizarmos brincadeiras fora do contexto terapêutico — observa Denise. Ela acredita que a gincana serve como motivação, pois ao confraternizarem e trocarem experiências, os pacientes se sentem inseridos em um contexto social. A especialista ainda destacou a importância da atividade para alunos de Educação Física, Fisioterapia e Fonoaudiologia: “Normalmente não temos muitas oportunidades de momentos recreativos, a vivência com portadores de deficiências é muito importante para os alunos. A gincana promove esta interação”.

Os participantes tiveram que percorrer um circuito com várias etapas. Primeiro, se locomoviam por um corredor até chegarem a uma cesta de basquete, onde tinham que arremessar a bola cinco vezes. Em seguida, iam para a parte dos dardos, em que precisavam atirar quatro em direção ao alvo. Os passos seguintes eram encher um balão e vestir uma camisa. Por fim, andavam por um caminho entre cones e chegavam numa sala onde se fantasiavam. “Utilizamos atividades relacionadas ao processo de reabilitação, que trabalham os movimentos e a capacidade pulmonar. E também fizemos uma prova lúdica, em que ganha a melhor caracterização”, explica Denise.

Os pacientes concorreram em dois quesitos: menor tempo de realização do circuito e melhor fantasia. Jair Souza foi o mais rápido, percorreu o circuito todo em cinco minutos. Após o término ele declarou:

— Nunca tinha participado, estou me sentindo muito bem.

Rosileide Fernandes também deu sua opinião: “Eu gostei de participar, foi legal, mas muito cansativo. Acho importante, pois já temos uma vida tão parada e quieta, somos vistos como coitados. Precisamos provar alguma coisa”. Ela se fantasiou de loira do carnaval e ganhou na etapa de melhor caracterização.

Henrique Silva, participante que ocupou o terceiro lugar e fez grande sucesso fantasiado de Vovó Mafalda, concluiu: “Achei bom demais. Fiquei feliz com a fantasia”. A premiação incluiu troféus e prêmios doados por laboratórios, além de kits mandados pela reitoria.