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Trabalho discute política do primeiro emprego

No terceiro dia da Jornada de Iniciação Científica, as estudantes Taiza Vieira, Camilla Muniz Pereira e Carla Souza, graduandas em Serviço Social da UFRJ, apresentaram a pesquisa “Políticas do Primeiro Emprego: A Ofensiva Neoliberal e Suas Implicações para Inserção no Mundo do Trabalho na Perspectiva do Mecanismo de Aprendizagem”, a partir da análise das condições empregatícias dos aprendizes.

“Fizemos um acompanhamento com jovens aprendizes de uma ONG e de uma empresa através de entrevistas para entender como é a inserção desses jovens no mercado de trabalho”, explica Carla, acrescentando que analisaram a relação entre ONG, empresa e estado quanto a questões como financiamento, leis e outros parâmetros.

A estudante conta que os atores sociais envolvidos no programa apresentam algum tipo de benefício. “O Estado legitima o projeto social; a empresa fica com uma imagem positiva e aproveita a mão-de-obra mais barata do aprendiz; a ONG recebe apenas uma taxa administrativa da empresa – que nos leva a questionar sobre o seu ganho com o programa – e o jovem, que tem uma forma de inserção no mercado de trabalho através do sistema de aprendizado, recebe uma formação teórica e prática”, enumera Carla.

Segundo Taiza Vieira, apesar da qualificação, o jovem acaba sendo utilizado pela empresa como mão-de-obra barata. “O aprendiz tem alguns direitos, mas não todos de um trabalhador comum”, critica a estudante, ao que Camilla completa: “ao término do período de aprendizagem, em geral o jovem não é admitido, ficando desempregado”.


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