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Os arqueólogos do futuro

A partir da atividade “Um encontro com o passado: A respeito dos Sambaquis”, desenvolvida com 42 crianças entre 11 e 14 anos de uma escola particular da Zona Sul do Rio de Janeiro em 2007, a estudante Sandra Ferreira dos Santos, do 8º período do Curso de História e sob a orientação do professor Adilson Dias Salles do Departamento de Anatomia (IBC – CCS), procurou levar os alunos por uma viagem pela pré-história com o objetivo de analisar os valores das crianças com relação ao passado. “As crianças foram instruídas a fazer uma lista de coisas que enterrariam para que os arqueólogos do futuro soubessem como era a nossa sociedade” explica Sandra. Curiosamente a lista era composta predominantemente por elementos do mundo adulto, como fotografias, CDs e livros e em menor escala por elementos do mundo infantil como brinquedos e roupas temáticas.

Em um segundo momento, uma cena em que um personagem da animação “Era do Gelo” se desenha em uma rocha a fim de “escrever a sua história” foi usada.  A pedido, os alunos também se desenharam em uma cena. Nesse caso, verificou-se que eles se registravam na maioria das vezes sozinhos, brincando em casa, porém em atividades com alto grau de tecnologia (jogos no vídeo game ou no computador).  Sandra Santos atribuiu o fato à diminuição das brincadeiras de rua no cotidiano das crianças. Ela constatou ainda que comportamentos passivos, como assistir televisão e ouvir música, foram mais presentes nas representações das meninas. A aluna ressaltou que as crianças compreenderam a importância das escavações para a descoberta de elementos representativos de uma sociedade e pretende levar a escolas públicas, o trabalho intitulado: “Deixando pistas para os Arqueólogos do Futuro: Uma experiência com Estudantes da 5ª série do Ensino Fundamental”.


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