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Injeção intravenosa em camundongos infartados

A terapia com células de medula óssea vem sendo alvo de muitos estudos a fim de ser validada como alternativa terapêutica para o infarto do miocárdio. Entretanto, a maioria dos estudos experimentais e clínicos baseia-se na injeção intramiocárdica destas células. Propondo uma avaliação por via intravenosa, Karina Asensi, aluna de Ciências Biológicas, apresentou o trabalho “Administração Intravenosa de Células Mesenquimais de Medula Óssea Atenua a Progressão da Disfunção Ventricular Esquerda após infarto do miocárdio em Camundongos”.

— Nosso objetivo foi variar para uma injeção intravenosa, através do sistema periférico. Induzimos o infarto do miocárdio por isquemia nos camundongos. Em parte deles, aplicamos três injeções seriadas de células mesenquimais de medula óssea. Para o restante utilizou-se salina – explica a estudante. A partir deste processo, houve uma avaliação comparativa para que se descobrissem os benefícios das células de medula óssea.

De acordo com Karina, os animais que receberam as células de medula tiveram uma manutenção da dilatação da cavidade ventricular ocorrida com o infarto e continuaram conseguindo ejetar a mesma quantidade de sangue desde o início do protocolo. Já os que receberam salina tiveram uma diminuição progressiva destes parâmetros. “Concluímos que a injeção intravenosa seriada de células mesenquimais de medula óssea foi capaz de atenuar o remodelamento do coração e manter o desenvolvimento dele, impedindo a progressão da disfunção ventricular esquerda”, finaliza a aluna. 

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