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Relação entre pressão arterial e adiposidade corporal em crianças e adolescentes

Maria Fernanda Andrade de Aguiar, aluna de Licenciatura em Educação Física, apresentou na Jornada de iniciação científica dessa terça-feira, (4/11), o trabalho “Pressão Arterial de Repouso e Adiposidade Corporal de Crianças e Adolescentes”. A orientadora da pesquisa é a professora Fátima Palha. “Começamos medindo a pressão arterial de repouso e a adiposidade corporal de crianças e adolescentes”, aponta a aluna.

De acordo com Maria Fernanda, a medição da pressão arterial nestas faixas etárias não é um hábito, prova disso é que muitas crianças nem sequer conhecem o aparelho. “Quando feito corretamente, o procedimento auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças crônicas. Um por cento das crianças já apresenta a pressão acima dos limites de normalidade. Quando a idade aumenta, este número passa para 9%. Estes dados estão bastante relacionados à obesidade”, explica a aluna.

Segundo Maria Fernanda, o objetivo do trabalho foi verificar a pressão arterial em repouso e correlacionar à adiposidade corporal de crianças e adolescentes, do sexo feminino, de escolas públicas e privadas do município do Rio de Janeiro. “A amostra é de 81 meninas, com idade média de 12 anos. A avaliação foi feita através do método antropométrico, mensurando dobras cutâneas, estatura e massa corporal total”, indica a estudante.

O estudo foi transversal, observacional e comparativo, aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) e autorizado pelos pais das crianças. Como resultado, em 12% das meninas a pressão arterial estava acima do seu limite de normalidade. “Observamos que o percentual de gordura feito pelas dobras cutâneas foi considerado ótimo em quem obteve a pressão dentro dos limites normais. Em contrapartida, crianças e adolescentes acima deste limite se enquadraram na classificação moderadamente alta. Ocorreu uma diferença da adiposidade entre quem tinha pressão arterial no limite e quem estava abaixo”, observa Maria Fernanda.

A aluna apontou que quanto menor for a criança ao apresentar a hipertensão, maior é sua probabilidade de se tornar um adulto hipertenso crônico. “Há também uma grande influência genética e dos hábitos como alimentação e prática de atividades físicas”, acrescenta Maria Fernanda. Ela concluiu que a adiposidade corporal mais elevada pode ter relação com a pressão arterial acima dos limites da normalidade e chamou atenção para a necessidade de medidas preventivas ao combate da obesidade nas escolas.


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