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Crimes no Rio têm mais relação com transportes

“O Rio de Janeiro apresenta um claro padrão de homicídios – latrocínio (roubo seguido de morte) relacionado aos sistemas de transportes e não necessariamente com o tráfico de drogas, sendo a Av. Brasil e Zona Oeste, áreas de maior incidência”, declarou Daniel Coelho Barcante Pires, formado este ano em Geografia, durante a apresentação da pesquisa: “A Representação Espacial da Violência na Cidade do Rio de Janeiro: Uma comparação entre os dados oficiais e a Imprensa Escrita”, sob orientação dos professores Letícia Parente Ribeiro e André Reyes Novaes do Departamento de Geografia da UFRJ.

A pesquisa analisou os dez anos após a “Operação RJ”, realizada em 1994 e caracterizada pela ocupação da cidade pelas Forças Armadas, e utilizou como fontes de dados o jornal O Globo e órgãos oficiais de monitoramento e controle de homicídios. A partir de uma comparação entre os dois materiais foi possível detectar, segundo Daniel Pires, que as informações que costumam chegar pelo jornal à sociedade divergem do que é apresentado pelos órgãos oficiais.

O pesquisador enfatizou a dificuldade de serem obtidos os registros de homicídios e apontou dois responsáveis principais: “O problema está na atuação do traficante e do policial, o primeiro por carbonizar os corpos e o segundo por remover os cadáveres de um lugar a outro”, informou.

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