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Comunidades de peixes são estudadas em Macaé

 Aluna do Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (Nupem) da UFRJ, Natália Barbosa teve hoje sua oportunidade de apresentar seu trabalho para alunos e professores, na XXX Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural (JIC 2008). Em uma apresentação de cerca de 30 minutos – longa para os padrões da Jornada –, Natália explicou os detalhes de sua pesquisa com populações de peixes em Macaé.

O estudo é fruto de trabalhos de campo no rio Macaé, sob orientação dos professores André Luís Moraes de Castro e Érica Caramaschi, do Nupem. Érica, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ecologia de Peixes do Núcleo, já trabalha em contato com a bacia do rio Macaé desde 2000 e orienta o projeto de Natália desde 2007. A aluna escolheu tratar especificamente de um dos afluentes do rio, o São Pedro, o que deu origem ao projeto “Estrutura da Comunidade de Peixes no Gradiente Longitudinal do Alto Rio São Pedro, Afluente do Rio Macaé”, título do resumo publicado na JIC 2008.

De acordo com Natália, o rio São Pedro é bastante alterado devido a fatores como ocupação urbana e atividade pecuária. Além disso, o rio sofre intensa variação de fluxo nos trechos superior e médio. No superior, o fluxo aumenta por causa da injeção de água proveniente do Macaé. Já no médio, é diminuído devido a uma barragem no local. Essas informações foram usadas para determinar variáveis abióticas importantes para entender a dinâmica das espécies no local.

Natália divide seu trabalho em duas amostragens distintas: uma no período de chuvas e outra na seca. “Tiveram algumas variações entre os valores de riqueza e abundância entre as coletas nas estações de seca e chuvosa. O córrego da Buracada, por exemplo, apresentou maior riqueza, comparado a outros pontos, durante a estação de seca”, informa a estudante.

Uma das principais conclusões do estudo é a aparente homogeneização de espécies ao longo do rio. De acordo com Natália, o estudo da literatura especializada permite avaliar que a homogeneização da fauna pode estar relacionada a processos como introdução de espécies nativas e alteração de habitat, o que instiga o grupo a investigar mais detalhadamente, em um próximo momento, os microhábitats presentes na região.


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