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Desrespeito à UFRJ é repudiado pelo Consuni

“A pior reunião da minha vida”. A declaração é do pró-reitor de Pessoal, Luiz Afonso, proferida nesta quinta-feira (23/10) acerca do encontro, em Brasília, para o descongelamento das ações judiciais ganhas pelos servidores da universidade.

“A pior reunião da minha vida”. A declaração é do pró-reitor de Pessoal, Luiz Afonso, proferida nesta quinta-feira (23/10) acerca do encontro, em Brasília, para o descongelamento das ações judiciais ganhas pelos servidores da universidade. Devido à intransigência dos membros do Ministério do Planejamento (MPOG), a comitiva da UFRJ, integrada inclusive pelo reitor Aloísio Teixeira, retirou-se da mesa de negociações que ainda contava com representantes do Ministério da Educação. Os conselheiros repudiaram o tratamento dispensado à UFRJ, por meio de moção, classificando o fato como um desrespeito à autonomia universitária. O documento ainda avalia que tal comportamento atinge todo o corpo institucional e visa “confundir, postergar e esquivar” o cumprimento de uma decisão final da Justiça.

Na ocasião, dia 14 de outubro, os executivos do MPOG solicitaram ainda que a reitoria cortasse os 26%, relativos a perdas com o Plano Bresser, dos servidores que não integram a ação judicial ganha pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj). O reitor Aloísio Teixeira negou-se a fazê-lo e cobrou que estas decisões fossem informadas por escrito e não por uma tela de computador. “Eles diziam que têm a obrigação de zelar pelos recursos públicos, como se nós quiséssemos dilapidá-los. É inadmissível que ainda perdure em determinadas áreas a cultura de que o servidor público trata-se de um suspeito”, criticou o reitor, lembrando que a “retirada da reunião não foi uma reação intempestiva, mas uma atitude frente àquelas circunstâncias”.

Os técnico-administrativos, que fizeram um café de mobilização no Consuni, avisaram que a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra-Sindical) prepara uma paralisação nacional nos dias 5 e 6 de novembro. Francisco de Assis dos Santos, um dos coordenadores gerais do Sintufrj, pontuou que o governo desrespeita a categoria dos servidores e “afronta à autonomia universitária”.

O principal ponto da pauta do Consuni, a alocação de vagas docentes do Programa de Reestruturação e Expansão (PRE/UFRJ), foi questão de intensos debates. Ao final, o ponto voltou à Comissão de Desenvolvimento do Conselho para a incorporação de novos ajustes à proposta, baseada em estudo da Pró-reitoria de Graduação (PR-1). A decisão acerca do destino das 206 vagas para novos professores será submetida à votação na próxima plenária do Consuni.