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IV UFRJ Ambientável apresenta problemas da Cidade Universitária

 Após anos e anos de uso exagerado de recursos naturais e emissão de poluentes na atmosfera, o meio ambiente se tornou uma preocupação fundamental em países do mundo todo. A conscientização é o primeiro passo para que haja a contribuição dos indivíduos em ações do cotidiano. No dia 21 de outubro, teve início o IV UFRJ Ambientável, que este ano traz como tema "Cidade Universitária: Questões locais para soluções globais". A abertura apresentou aspectos históricos, geográficos e cartográficos da ilha do fundão e arredores e os principais problemas vividos pela Cidade Universitária.

Estiveram presentes na mesa de abertura Walter Suemitsu, decano do Centro de Tecnologia; Eduardo Serra, vice-diretor da Escola Politécnica; Camilo Michalka, coordenador do curso de graduação em engenharia ambiental e Daniel Vilella do grêmio acadêmico de engenharia ambiental.

Durante a cerimônia, o decano do Centro de Tecnologia falou sobre a importância da temática escolhida pelos organizadores do evento e que visa abordar a Ilha do Fundão como estudo de caso para questões ambientais que afetam diversas cidades brasileiras, tais como o consumo de água e o tratamento de resíduos sólidos. “Eu sempre disse que a Universidade em si era para projetar, produzir belas obras, entre outras coisas, mas não costuma seguir, como deveria, aquilo que ensina e isso é ruim, pois devemos dar o exemplo, daí a importância desse tema. Existem problemas mas temos que sair e buscar soluções”, falou Walter Suemitsu.

Paulo Marcio Leal de Menezes, coordenador do laboratório de cartografia do departamento de Geografia da UFRJ (GEO-CART) foi responsável pela primeira palestra, durante a qual apresentou mapas de épocas históricas distintas e que permitiram aos presentes, visualizar algumas mudanças pelas quais passou a bacia hidrográfica do Rio de Janeiro. “A cartografia pode ser uma ferramenta importante para uso dentro da engenharia ambiental”, declarou o palestrante, que citou o Estuário de Manguinhos como uma das principais áreas impactadas pelo homem na Baía de Guanabara.

Em seguida, Ivan Carmo, vice-prefeito da Cidade Universitária, apresentou as principais dificuldades encontradas pela universidade. Segundo informou Ivan, o campus enfrenta problemas quanto ao acesso e acessibilidade, manutenção e conservação de áreas urbanas, gestão de resíduos, segurança pública e ambiental, além do gerenciamento energético, o que tem sido melhorado através da instalação de novos postes no campus, cujo uso de energia é mais eficiente.

– Embora tenha apresentado sinais de melhora na segurança interna através de medidas como controle visual e de acesso, o campus ainda enfrenta dificuldades quanto à poluição via combustível dos meios de transporte, predominantemente rodoviários -, declarou o vice-prefeito. Apesar de possuir uma pequena planta de produção de biodiesel, a universidade não pode usar esse combustível para abastecer sua frota devido a questões legais e contratuais.

Ao final da palestra, Ivan Carmo falou sobre a necessidade de serem feitas campanhas educativas. “A questão é colocar o desafio para que a gente consiga através desse tipo de evento começar a levantar campanhas educativas para conscientizar todo o corpo social da universidade de que iniciativas, projetos e pesquisas existem, mas nada disso vai dar resultado se a gente não se conscientizar de que depende da ação de cada um de nós”.