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Dia Mundial da Alimentação

 Em comemoração ao dia Mundial da Alimentação, o Centro de Tecnologia (CT) reuniu no dia 16 de outubro, representantes das principais empresas diretamente relacionadas à questão de alimentos. Durante esse dia, que neste ano traz como tema “O alimento do futuro”, costumam ser realizadas diversas atividades com o objetivo de promover a conscientização das pessoas para a fome e a desnutrição que afetam países do mundo todo.

A mesa de abertura reuniu Cheila Gonçalves Mothé, professora da Escola de Química e presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA/RJ), Marcos Lopes Dias, vice-diretor do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano e Walter Suemitsu, decano do CT, que enalteceu a importância do dia e da comemoração: “Esse evento é de grande importância para todos. A tecnologia tem ajudado muito a aumentar a produtividade e a encontrar novos alimentos e essa é uma questão que vem sendo discutida mundialmente”, declarou.

A professora Cheila Mothé aproveitou a cerimônia para chamar a atenção dos estudantes, maioria do público presente, para a necessidade de se fazer algo que vise o combate à fome. “Hoje é o dia de nos conscientizarmos quanto ao não desperdício e o que podemos fazer para ajudar. A esperança do país e da humanidade está nos jovens, vamos fazer alguma coisa pela fome no planeta”, incentivou.

A primeira palestra do evento, intitulada “Alimentos x Biocombustíveis”, foi proferida por Carlos Wanderlei Piler de Carvalho, representando a chefia geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, e apresentou dados estatísticos a respeito da produção nacional de soja, açúcar, carne, entre outros.

A Embrapa Agroindústria de Alimentos é uma empresa que atua na viabilização de soluções tecnológicas para alcançar a sustentabilidade, atendendo às expectativas dos consumidores por qualidade e segurança. Segundo informou o palestrante, a Embrapa hoje está envolvida em diversos desafios nacionais, dos quais destacam-se a agroenergia alternativa, florestas energéticas, produção sustentável da cana-de-açúcar para fins energéticos, tecnologias de obtenção de biodiesel e o zoneamento de riscos climáticos para a agricultura familiar, que para ele, deveria ser mais beneficiada pois responde por cerca de 60% da produção de alimentos hoje.

Carlos de Carvalho apresentou ainda algumas perspectivas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) em conjunto com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para os anos entre 2007 e 2016. A previsão é de que a produção de etanol de milho dos EUA dobre até 2016 e no Brasil cresça substancialmente. Além disso, conforme foi apresentado durante a palestra, o comércio internacional medido em importações globais deverá crescer para todas as principais commodities, assim como o de carne, porco e leite, cujos aumentos podem chegar a 50%, o que pode representar um ponto positivo para o Brasil, cuja exportação se concentra em açúcar, oleaginosas e carnes.

Ao final da palestra, Carlos Wanderley Piler de Carvalho falou sobre a produtividade brasileira nos últimos anos: “É importante destacarmos que a produção brasileira aumentou a produtividade sem necessariamente aumentar a área de cultivo. E mais, não devemos falar em alimentos versus biocombustíveis, mas em alimentos e biocombustíveis, trabalhando juntos. O Brasil tem condições para isso”, concluiu.