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Alunos promovem II Semana de Bioquímica Médica

 Minicursos, mesas-redondas e pôsteres. Tudo com o objetivo de estimular o intercâmbio de idéias entre alunos, professores e pesquisadores. Além de permitir que os estudantes apresentem seus trabalhos, a II Semana de Pós-graduação de Bioquímica Médica reúne convidados de diferentes áreas de atuação científica, fomentando a troca de conhecimentos. O evento, que começou no último dia 15 e vai até amanhã, 19 de setembro, é realizado pelos alunos de Pós-graduação do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ.

David Majerowicz, um dos membros da Comissão Organizadora, acredita que a Semana possibilita um encontro entre estudiosos de diferentes campos da ciência, o que não aconteceria em um congresso maior. "Temos cientistas que trabalham com plantas, outros com insetos e outros com vírus. Eu, por exemplo, trabalho com bioquímica de insetos. Então, em um Congresso Nacional, dificilmente cruzaria com as pessoas que trabalham com vírus, já que elas ficam em outra seção", declara. O mestrando revela ainda que, este ano, o evento teve, aproximadamente, 200 participantes inscritos com apresentação de cerca de 100 pôsteres, todos do mesmo nível daqueles expostos em congressos nacionais.

De acordo com Tuane Vieira, também da Comissão, os temas e as mesas-redondas foram planejados de modo a reunir pesquisadores de especialidades distintas, que estivessem, mesmo assim, relacionadas a um mesmo assunto. Além disso, a integração não se restringiu apenas à comunidade da UFRJ, alcançando estudantes de outros institutos. "Víamos a necessidade de promover a integração não somente entre os alunos do próprio Instituto, mas também com estudantes de outras instituições. Na verdade, o evento alcançou um público maior. Temos pessoas de outros Estados e de outras universidades se inscrevendo", ressalta Tuane.

A doutoranda, também participante da organização da I Semana, destaca que esta edição recebeu mais investimentos, dando mais qualidade do evento. "Em relação à primeira Semana, o evento cresceu muito. Primeiro, por causa de uma iniciativa nossa de querer melhorar. Depois, porque tivemos um aporte financeiro bem maior esse ano", afirma.

Nesta nova edição do encontro, a Comissão oferece prêmios para o primeiro, segundo e terceiro lugares em Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) também está presente em todas as apresentações, o que, segundo a doutoranda, representa uma iniciativa importante na área.

Além de mini-cursos, o primeiro dia do evento contou com a mesa-redonda "O vírus da Dengue e seus mecanismos de infecção: biologia estrutural, interação vírus-hospedeiro e possíveis vacinas". A palestra foi coordenada pela doutora Andréa Cheble de Oliveira (IBqM), que falou sobre os aspectos estruturais, a inativação viral e a interação vírus-células na infecção por dengue. Além disso, integraram a mesa as doutoras Elena Caride, Denise Valle e Claire Kubelka, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC, Fiocruz–RJ), que abordaram, respectivamente, os seguintes assuntos: "Desenvolvimento de vacinas contra a dengue", "A experiência brasileira no monitoramente da resistência a inseticidas" e "Resposta imune inata durante a febre da dengue: perfil das citocinas, monócitos e células NK". Após a conferência, os alunos puderam expor suas pesquisas.

A II Semana de Pós-graduação de Bioquímica Médica termina nesta sexta, dia 19, mas os integrantes da Comissão Organizadora já estão pensando na próxima edição. "Já temos planos para realizar uma III Semana, melhor ainda do que essa e mais proveitosa para todos", comemora David.