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O diferencial do engenheiro de alimentos

A Escola de Química (EQ/UFRJ) realizou, dia 27 de agosto, a palestra, “A Atuação do Engenheiro de Alimentos na Inovação do Ramo Alimentício”, proferida por Ana Lúcia Vendramini, professora doutora e coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos da UFRJ. O evento reuniu alunos, professores e representantes de empresas para vagas de estágio, como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).  De acordo com a palestrante, o objetivo foi “esclarecer a formação acadêmica do engenheiro de alimentos, diferenciando-o dos demais, e favorecer o intercâmbio entre a Universidade e empresas através de estágios e desenvolvimento de projetos inovadores”.

Criado em 2004, o curso de Engenharia de Alimentos faz interface com outras áreas do conhecimento, tais como nutrição, legislação e ambiental, o que lhe permite uma ampla área de atuação. O curso oferecido pela UFRJ possui uma ênfase grande em matemática, o que, segundo Ana Lucia Vendramini, não só o diferencia como também atende às necessidades do mercado: “Atualmente, a dinâmica do mercado exige decisões rápidas, a competição é globalizada, há cada vez mais necessidades industriais, progressos tecnológicos, mudanças no mundo, até mesmo comportamentais, e restrições na legislação ambiental que justificam a forma como o curso é estruturado.”

O quadro de disciplinas oferecidas envolve Biologia Celular, Bioquímica de Alimentos, Química de Alimentos, Mecânica dos Fluidos, Tecnologia de Alimentos, e outras, possibilitando a capacitação para que sejam eliminados os desperdícios, reduzidos os custos de fabricação, definidas metas empresariais, entre outras melhorias.

O engenheiro de alimentos, segundo informou a palestrante, pode atuar em diversos campos: indústria transformadora de alimentos, indústria de insumos para processos e produtos, cooperativas, comercialização e logística, empresas prestadoras de serviço, centrais de produção de cadeias de restaurantes e supermercados além de órgão e instituições públicas.

O profissional pode participar ainda de potenciais áreas de inovação, tais como a substituição de corantes artificiais por naturais, aproveitamento de resíduos agrícolas, alimentos funcionais, embalagens com atmosfera modificada, transgênicos, entre outros.

Ao final do evento, Ana Lucia Vendramini falou sobre o que é necessário para alcançar resultados satisfatórios nos projetos propostos: “Para transformar conhecimento em riqueza não basta reformular o produto ou serviço, é preciso reformular também o conceito de negócio, imaginando soluções completamente novas para as necessidades dos clientes”.