O Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (Sibi) inaugurou na manhã do dia 4 de julho, o mais moderno processo de busca bibliográfica da internet: Pesquisa Integrada. A mesa de abertura foi composta por Aloísio Teixeira, reitor da Universidade, Ângela Rocha, decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN/UFRJ), Paula de Mello, coordenadora do SiBi, Luiz Baginski, técnico da Proquest, empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que viabilizou o projeto, e outros.
Aloísio Teixeira valorizou a relevância de um sistema como esse na Instituição. “Este é um momento importante na vida da nossa Universidade. As dificuldades que temos enfrentado na última década são muitas, mas apesar disso, temos avançado e feito coisas importantes, aproveitando todas as oportunidades que se abrem para deixar nossa universidade mais adequada às necessidades vigentes”, declarou.
O Pesquisa Integrada surgiu da necessidade em se ter um sistema de busca centralizada, que reunisse através de um único mecanismo as principais fontes de consulta. Desenvolvido através de uma parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Pesquisa Integrada permite que o usuário acesse os catálogos das quatro universidades e as bases de dados periódicos de forma simultânea e com uso de apenas uma interface de pesquisa.
Paula de Mello apresentou as principais dificuldades encontradas pelos pesquisadores no antigo sistema de busca: “Ele nos levava a uma pesquisa individual em cada fonte de consulta, e isso além de demandar tempo, que nem sempre os pesquisadores têm, se tornava ainda mais complicado diante da necessidade de decidir sobre onde pesquisar, uma vez que a quantidade de fontes é muito grande”, informou.
A Proquest é uma empresa americana líder na organização e publicação de informações e atua em nível internacional. Luiz Baginski apresentou em slides, o funcionamento do Pesquisa Integrada e tirou as principais dúvidas de todos os presentes. “Precisamos que o maior número de pessoas use esse mecanismo para que daqui a um ano possamos avaliar os resultados e aperfeiçoá-lo”.
Como pesquisar
O sistema oferece dois tipos de busca: básica e avançada, que podem ser feitas por título, autor, assunto, resumo, e outros, em qualquer idioma. Na página eletrônica http://bt2dx8nd7h.cs.serialssolutions.com há um manual de ajuda para que os iniciantes possam conhecer seu funcionamento.
O acesso integrado permite a filtragem por agrupamento em tópicos. O sistema seleciona os resultados mais relevantes e organiza por temas. Ao clicar nos links encontrados, o programa redireciona o usuário para a fonte original de informações, que podem ser enviadas por e-mail ou salvas no computador. “Não é mais uma base de dados, mas um facilitador de acesso as que já existem” informou Luiz Baginski.
Dentro do ambiente acadêmico, a autentificação do usuário é feita mediante endereço de IP, um conjunto de números que representam o local ocupado por um computador dentro de uma rede virtual. Para aqueles que quiserem acessar de outros lugares, é preciso possuir a senha da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fornecida a todos os pesquisadores.
Mesmo sendo o sistema mais moderno, ele não reúne todas as fontes, segundo informou Luiz Baginski. “Nem todas as editoras tem páginas online, o que dificulta o acesso às informações. Além disso, alguns sites saem muito do ar e neste caso o sistema não pode encontrar resultados”.
Ao final do evento, o reitor falou sobre as possibilidades que se abrem com o projeto inaugurado. Segundo informou, o sistema de Pesquisa Integrada pode ser um meio de integração entre as Universidades. “As Instituições públicas de ensino superior no Brasil são fragmentadas. A tecnologia deve ser usada para vencer as barreiras que nos são impostas. Precisamos substituir a cultura predatória em que uma universidade compete com a outra pela conquista do conhecimento, pela cultura da integração, concluiu Aloísio Teixeira.