Categorias
Memória

Equipe da UFRJ é a quarta no rali de barcos solares na Holanda

No fim desta quarta-feira, a equipe do Pólo Náutico da UFRJ, que participa da Frisian Solar Challenge, na Holanda, subiu ao pódio mais uma vez. O piloto Rafael Coelho fez os 32km do percurso Stavoren -Bolsward em 3 horas e 20 minutos, chegando em terceiro lugar, repetindo o desempenho do dia anterior e garantindo o quarto lugar geral da competição que envolve outras 48 equipes, todas européias.

A Frisian Solar Challenge é um rali de barcos solares, projetados e construídos pelos próprios competidores, e caracteriza-se como uma forma de divulgar e popularizar fontes alternativas de energia para embarcações, que costumam utilizar motores de combustão.

No site oficial da Frisian Solar Challenge, o time carioca chegou a ser definido como o exótico do samba brasileiro. Em matéria do dia 11 de junho, a Agência de Notícias Holandesa (Dutch National Press Agency), com um certo tom de desdém, disse que a equipe da UFRJ não era de encher os olhos no quesito tecnologia, mas certamente chamava a atenção por ser a única não européia da competição.

Nos três primeiros dias que precederam o início oficial da competição, no domingo, dia 22 de junho, os barcos e os pilotos de todas as equipes passaram pela inspeção técnica classificatória da corrida. Foram avaliados os cascos, os circuitos elétricos e os itens de segurança das embarcações. Para os pilotos oficiais e seus suplentes, houve testes de natação e manobra.

No domingo, a equipe saiu em décimo primeiro lugar, posição conquistada depois de duas provas para definir a largada: uma primeira de 10km, a qual deveria ser realizada no tempo limite de uma hora e 15 minutos. O Copacabana completou em 1h04m. Houve também um teste de sprint, em um percurso de 70 metros com velocidade máxima. Algumas equipes voltaram para casa já nesta fase.

Após a prova, devido aos fortes ventos, o Copacabana virou e teve que ser resgatado pela equipe de terra. No acidente, o barco perdeu um dos painéis solares, o qual foi reposto pela organização da Frisian.

Na segunda-feira, depois de uma noite de trabalho reparando o sistema eletrônico e instalando o novo painel solar, a equipe Copacabana estava de pé às sete da manhã, pronta para a última fase de inspeção técnica, marcada para as 11h30 da manhã, horário local.

Felizmente para a equipe, o tempo não havia melhorado. Devido aos ventos fortes e a chuva em Leewarden, os organizadores decidiram adiar o início das provas para as 15h, dando mais tempo para a equipe brasileira testar melhor o sistema já reparado.

Nesta etapa os barcos percorreram o trecho de 25 km entre Leewarden e Sneek. Chegando na cidade destino, um outro desafio: os canais do local são cruzados por muitas pontes baixas que os pilotos dos barcos optavam por evitar ou atravessar, o que exigiu um trabalho de estratégia de navegação e criatividade das equipes de terra.

Nesta primeira perna da competição, Leewarden-Sneek, o Copacabana completou em sétimo lugar.

Na terça-feira, na segunda perna da competição, nos 42 km de canais entre Sneek e Stavoren, os brasileiros concluíram em terceiro lugar, atrás apenas do barco polonês de Gdansk e do holandês de Groningen.

O Copacabana manteve a velocidade de 10km/h e completou a perna em 4 horas, 17 minutos e 45 segundos. A embarcação se beneficiou num trecho de sombra do canal, de 20 minutos, que fez cair a velocidade das embarcações de motor mais potente. Os motores mais potentes precisam de mais energia, não podem ficar muito tempo sem captar energia solar pelos painéis e rapidamente consomem suas baterias extras. O motor do Copacabana, mais econômico, permite um uso de 30 a 40 minutos de bateria mesmo na sombra.

O time subiu pela primeira vez no pódio na terça-feira, no camping de Stavoren, onde foram parabenizados pela organização da competição e pelo prefeito da cidade.

A Frisian Solar Challenge começou no dia 21 de junho e termina no próximo sábado, dia 28.