A plenária do Conselho Universitário recebeu, nesta quinta-feira (12/6), os protestos de aproximadamente 60 estudantes. Com palavras de ordem e tambores, os manifestantes pretendiam incluir na pauta, em regime de urgência, um cronograma de discussões sobre o Plano Diretor da UFRJ. A proposta, apresentada pelos representantes do DCE Mario Prata, acabou rejeitada por 20 votos a 12.
Irritados com a negativa e acusando àquele fórum de antidemocrático, os protestos recomeçaram. Após muito barulho, os estudantes decidiram “permitir” a continuidade da reunião. Sem mais nenhum clima para debates ou deliberações, o reitor Aloísio Teixeira encerrou a plenária.
O expediente do Consuni (primeira meia-hora da reunião) ainda não havia transcorrido, quando os estudantes ocuparam a plenária. Na ocasião, os estudantes discursaram contra a criação dos bacharelados interdisciplinares e solicitaram a palavra à presidente da Associação dos Docentes (ADUFRJ), Cristina Miranda. “Alguns desses cursos merecem um exame mais rigoroso, pois introduzem uma graduação de curta duração e semi-presencial”, pontuou a professora Cristina.
A tumultuada sessão ainda contou com a participação da vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-RJ), Claudia Braz, que pediu ao conselheiros para que a UFRJ assuma a “responsabilidade social” em criar o curso de Terapia Ocupacional. Na sessão anterior do Consuni, os representantes discentes pediram vistas do processo sobre esta graduação, alegando acatar os estudantes do Centro de Ciências da Saúde (CCS) que seriam contrários ao novo curso diante da atual situação do Hospital Universitário (HU). “Em nenhum momento nos reunimos para deliberar sobre esta questão”, desmentiu André Bom, representante do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina, durante seu discurso aos conselheiros.
A criação de novos cursos como Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional ficaram para uma próxima sessão do Conselho Universitário daqui a quinze dias (26 de junho).