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UFRJ discute trabalho escravo no século XXI

Neste dia 09 de junho, ocorreu o lançamento do livro "Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil: contribuições críticas para sua análise e denúncia", no Auditório Professor Manuel Maurício de Albuquerque, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ.

A obra, organizada pelo Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC), do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (CFCH/UFRJ), reúne contribuições apresentadas no “Seminário Internacional sobre Trabalho Escravo por dívida e Direitos Humanos”, realizado em novembro de 2005.

Entre os autores e organizadores da publicação estão o procurador do estado do Rio Grande do Sul Carlos Henrique Kaipper, os professores Adônia Antunes Prado, Célia Maria Leite Costa, José Carlos Aragão Silva, Neide Esterci e Suely Souza de Almeida, além dos coordenadores do GPTEC Gelba Cerqueira e Ricardo Rezende.

A cerimônia de lançamento – que contou com a presença do reitor da UFRJ Aloísio Teixeira, do ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, do decano do CFCH Marcelo Corrêa e Castro, e do diretor da Editora da UFRJ Carlos Nelson Coutinho – foi iniciada pela professora Gelba, a qual destacou o trabalho em se realizar o livro: “É difícil reunir, com coerência e objetividade, diversos pontos de vista em relação ao trabalho escravo em uma mesma obra”.

Durante o evento houve uma mesa redonda da qual participaram Paulo Vannuchi, o ex-trabalhador escravo Cícero Guedes, e Frei Henri Des Roziers, advogado da Comissão Pastoral da Terra. O coordenador da mesa, Ricardo Rezende, acentuou que a discussão travada no livro e no debate estava acontecendo no momento certo: “Esta é a hora, para se falar sobre a questão do trabalho escravo no Brasil, para que esta chaga seja definitivamente fechada”.

Trabalho escravo contemporâneo

Organizado em blocos de discussões, "Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil: contribuições críticas para sua análise e denúncia" reúne textos que analisam o panorama internacional sobre o tema e a ação de organismos internacionais junto aos países onde foram detectados sinais de escravidão. A obra também congrega reflexões realizadas por movimentos sociais e por grupos da sociedade civil, e traz análises acadêmico-científicas em  curso sobre o assunto.

De acordo com os membros do GPTEC, o intuito dos autores do livro é trazer para a universidade o debate sobre o crime da escravidão do século XXI, além de fornecer ao Estado subsídios que contribuam para a elaboração de políticas públicas visando à sua erradicação.