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Terapia Ocupacional: conselheiros pedem vistas de processo

Em sessão extraordinária, nesta quinta-feira (5/6), a plenária do Conselho Universitário aprovou a constituição da graduação em Relações Internacionais. Entretanto, a criação do outro curso na pauta, Terapia Ocupacional, não foi  votada por conta do pedido de vistas do processo por representantes dos estudantes no Consuni.

Apesar do parecer favorável do relator, Marcelo Corrêa e Castro, e do curso de Terapia Ocupacional já ter recebido o aval do Conselho de Ensino e Graduação (CEG), os representantes discentes alegaram que é inviável a criação de mais uma graduação, diante do atual situação do Hospital Universitário. “Estamos respeitando uma deliberação tirada pelos próprios alunos do Centro de Ciências da Saúde (CCS)”, justificou-se a conselheira Carolina Barreto, apesar de considerar a própria decisão como contrária à histórica reivindicação do movimento estudantil por mais vagas nas universidades públicas.

O pedido de vistas foi contestado por inúmeros conselheiros, inclusive da própria bancada estudantil. “Esta reunião não teve quorum e contou com uma participação mínima de alunos e centros acadêmicos do CCS. Eles estão agindo em nome de interesses político-partidários para fazer oposição ao governo e ao Reuni”, protestou o também estudante e conselheiro, Sérgio Grecchi.

Segundo o relator do processo, Marcelo Côrrea, a criação desta nova graduação representa uma atitude pioneira pela UFRJ. “No Rio de Janeiro, nenhuma universidade pública oferece o curso de Terapia Ocupacional, só existindo em duas faculdades privadas”.

Crise no HU

Ao longo da plenária, repudiou-se a ação policial que reprimiu com violência a passeata, na última sexta-feira (30/5), por melhorias para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Alunos, professores e funcionários, que participavam da manifestação, chegaram a ser atacados por bombas de lacrimogênio. O conselheiro Rui Cerqueira (CCS) aproveitou ainda para criticar as declarações do ministro da Saúde, José Temporão, contra a administração da hospital. “Quando falta esparadrapo para o curativo não há choque de gestão que resolva”, protestou Rui.