Após obstruções ao funcionamento do colegiado máximo da UFRJ por um grupo de estudantes contrários às políticas do Governo Federal, o Conselho Universitário (Consuni) voltou à normalidade na sessão desta quinta-feira (25/6). ">Após obstruções ao funcionamento do colegiado máximo da UFRJ por um grupo de estudantes contrários às políticas do Governo Federal, o Conselho Universitário (Consuni) voltou à normalidade na sessão desta quinta-feira (25/6). ">
Categorias
Memória

Consuni retoma normalidade

Após obstruções ao funcionamento do colegiado máximo da UFRJ por um grupo de estudantes contrários às políticas do Governo Federal, o Conselho Universitário (Consuni) voltou à normalidade na sessão desta quinta-feira (25/6).

Após obstruções ao funcionamento do colegiado máximo da UFRJ por um grupo de estudantes contrários às políticas do Governo Federal, o Conselho Universitário (Consuni) voltou à normalidade na sessão desta quinta-feira (25/6). Com a retomada dos trabalhos, o colegiado deliberou pela aprovação do curso de Terapia Ocupacional, do qual já serão oferecidas 30 vagas no Vestibular de 2009, para o primeiro semestre. A plenária não poupou críticas à representação discente que, quando não atendida em suas reivindicações, à luz do regimento do colegiado, se manifesta com tambores e apitos.

Na abertura da sessão, o reitor Aloísio Teixeira leu nota, analisando que a situação chegara à “fronteira da crise institucional”. O reitor cobrou responsabilidade de todos os setores da universidade para que o conselho não seja “palco de manifestações intempestivas e desnecessárias”, pontuando que tais atos impedem, na verdade, a construção do processo democrático.

Seguiram-se então inúmeros discursos de repúdio a qualquer tentativa de inviabilizar as atividades do Consuni. Os representantes dos diversos Centros reiteraram a solidariedade de suas congregações à institucionalidade do conselho. A bancada dos técnico-administrativos também condenou os últimos incidentes. O conselheiro Jefferson Salazar afirmou que o gesto de irresponsabilidade afetou os direitos individuais de 15 mil servidores, que aguardavam uma decisão prevista para acontecer na pauta da última reunião, suspensa pelos protestos estudantis.
 
Apesar dos fortes questionamentos, a bancada discente voltou a pedir vistas de processos, suspendendo as discussões sobre a criação dos cursos de Saúde Coletiva, Comunicação Visual – Designer e do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências da Matemática e da Natureza. Os conselheiros, representantes estudantis, alegaram que tais graduações atendem a uma lógica do mercado em detrimento de uma formação de qualidade.

A atitude foi classificada como lamentável por praticamente toda a plenária. Em sua estréia como conselheiro, Marcos do Couto Bezerra Cavalcanti, representante dos professores adjuntos do Centro de Tecnologia, lembrou que fez parte da gestão do DCE, em 1977, quando da retomada do movimento estudantil, e criticou veementemente a postura de alguns conselheiros: “Neoliberal são aqueles que  pedem mais discussão porque, na realidade, não querem mudar nada. Neoliberal são os que querem manter a universidade de costas para a população”. Na própria bancada estudantil, a atitude teve reprovações. “Sinto-me enojado de estar nesta bancada. Vocês são demagógicos e estão servindo a interesses partidários”, emocionou-se o também estudante e conselheiro, Sérgio Grecchi.

Uma sessão extraordinária do Consuni está marcada para a próxima semana (3 de julho). A reunião atende a pedido de maioria dos conselheiros, inconformados com os pedidos de vistas aos processos relativos a criação de novos cursos por parte da bancada discente, o que protela a criação das novas graduações.