O Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA/UFRJ) promoveu uma palestra sobre misturas poliméricas semicondutoras nesta terça-feira (29). O evento ocorreu das 13h às 14h no auditório do Instituto, localizado no bloco J do Centro de Tecnologia – Ilha da Cidade Universitária.
O palestrante foi o professor George Hadziioannou, diretor da Ecole Européenne de Chimie, Polymères et Matériaux (ECPM), que faz parte da Universitè Louis Pasteur de Estrasburgo, na França. O pesquisador também é responsável pelo Laboratório de Engenharia de Polímeros Para Altas Tecnologias (Laboratoire d’Ingéniere de Polymères pour les Hautes Technologies – LIPHT).
Durante a conferência, George declarou que teve o privilégio de ser aluno de Eloísa Biasotto Mano, professora emérita do IMA/UFRJ, reconhecida mundialmente pelo seu pioneirismo no estudo de polímeros: “ela é um exemplo profissional para mim”, disse.
Dentre os presentes no evento, destaque para a professora Elisabete Lucas, diretora do IMA, e Leonardo Canto, também professor do Instituto, além de alunos e ex-alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Macromoléculas da UFRJ.
Energia solar
Com o tema “Semiconducting blends of homopolymers and block copolymers for solar cell devices”, George iniciou a palestra, ministrada toda em inglês, com um panorama sobre as transformações do sistema energético global. O foco de sua apresentação foi o uso de materiais poliméricos semicondutores na confecção de células fotovoltaicas, utilizadas na captação de energia solar.
Atualmente, as células fotovoltaicas são feitas de silicone, mas o professor acredita que a tendência para o futuro é um aumento na utilização de polímeros semicondutores. Estes, segundo ele, podem absorver mais os fótons do espectro solar, por exemplo.
Uma previsão apresentada na palestra mostra que, em 2050, o uso de polímeros nos circuitos deve ultrapassar os de silicone. No entanto, muitos estudos ainda precisam ser realizados no sentido de melhorar a eficiência das células fotovoltaicas feitas a partir de polímeros, que ainda é baixa. Os aspectos morfológicos do material configuram um outro ponto que ainda precisa ser aprimorado.
Ao fim da palestra, George respondeu às perguntas da platéia e convidou a todos para a segunda parte de sua apresentação, marcada para o dia seguinte (30 de abril), no mesmo local e hora, com o tema “Polyrotaxanes and their topological networks: towards optical and semiconducting polymer materials”.