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Educação discute processos de mediação em sala de aula

 Que a qualidade da educação no Brasil não está boa, todos sabem. Os motivos para o quadro negativo são diversos, entre os quais tem destaque o despreparo do professor ou falta de condições para este profissional desenvolver seu trabalho de forma satisfatória. Para levantar esta questão, a Faculdade de Educação (FE) da UFRJ debate, no dia 27 de maio, o tema “Processos de Mediação em Sala de Aula”.

A palestra faz parte do projeto “Terças Abertas”, um evento organizado pelo Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação (Lapeade) da FE, que promove encontros mensais abertos ao público, para a discussão de temas variados, com foco em processos e políticas de inclusão e exclusão na educação.

– Embora os temas mudem, o eixo central do projeto é a análise de dimensão das políticas e práticas de exclusão e inclusão voltadas para a educação – explica Mônica Pereira dos Santos, fundadora e coordenadora do Lapeade. A professora ainda completa: “São iniciativas ricas porque qualquer pessoa pode participar”.

O “Terças Abertas” acontece sempre na terceira terça-feira de cada mês, às 17 horas, na Sala Anísio Teixeira – Avenida Pasteur, 250, Praia Vermelha. Os interessados em receber a programação devem enviar e-mail para lapeade.fe.ufrj@gmail.com.

No dia 27 de maio, antes da palestra “Processos de Mediação em Sala de Aula”, o grupo se reúne às 16h30 para discutir o tema do encontro anterior “Políticas e Movimentos Internacionais de Inclusão na Educação”, que não pôde se realizar no dia 29 de abril por falta de sala disponível na FE.

Lapeade

Além da atividade de extensão, a questão da exclusão e inclusão na educação ganha fôlego com as duas linhas de pesquisas desenvolvidas no Lapeade.

O projeto de pesquisa denominado “Escola de Gestores” – um desdobramento do projeto nacional do Ministério da Educação e Cultura (MEC) – tem por objetivo treinar gestores (diretores de escola), basicamente por meio da educação à distância, para que eles tenham uma percepção mais aprofundada, crítica e politizada dos processos educativos.

– A necessidade do programa “Escola de Gestores” partiu da observação, no país, que os processos de gestão eram tão enfraquecidos que não promoviam a qualidade na escola – destaca a coordenadora do Lapeade.

Já o projeto de caráter internacional, “Culturas Políticas e Práticas de Inclusão nas Universidades”, faz um estudo comparativo entre duas universidades públicas da Espanha, duas do Rio de Janeiro e uma de Cabo Verde, na África. O intuito é analisar processos de exclusão e inclusão na formação inicial de futuros professores, conforme explica Mônica:

– Nosso objetivo surgiu de uma pesquisa que desenvolvemos em 2007 na FE, através da qual descobrimos uma série de mecanismos de exclusão vinculados a práticas de gestão. Como temos um campo amplo de investigação – já que lidamos com alunos de diversos cursos – detectamos estes mecanismos e passamos a querer saber se isso acontece em outros lugares do mundo também -, conclui Mônica.