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Musicoterapia e construção de sentidos pelo corpo

O musicoterapeuta é um terapeuta ou é um músico? É um terapeuta psicólogo? É um terapeuta fisioterapeuta? A resposta das perguntas estão no livro Musicoterapia: Desafios entre a modernidade e a contemporaneidade – como sofrem os híbridos e como se divertem.

Lançado nesta quinta-feira (24/04), no Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ, pela psicóloga, musicoterapeuta e professora de música, Marly Chagas, a obra é dedicada à compreensão de como música, arte, clínica e terapia se articulam na constituição do novo campo de saber. No momento em que se discute a interdisciplinaridade, a autora justifica:

– A musicoterapia surge na contemporaneidade, mas ainda está no meio de atitudes modernas. Por isso, o musicoterapeuta é um fora do lugar, ele é portador dessa mistura, que traz efeitos terapêuticos tão impressionantes que as pessoas ficam surpresas, os profissionais de saúde ficam surpresos.

Rosa Pedro, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (EICOS/IP) da UFRJ, e orientadora de Marly Chagas em seu trabalho, explica o objetivo do livro: “A idéia é mostrar como podemos compreender esses diferentes hibridismos e trabalhar a positividade disso”.

Na ocasião, além de Musicoterapia, também foi lançado no FCC a obra Corpo Expressivo e Construção de Sentidos. Organizada pelo editor Humberto Oliveira, em parceria com Marly, ela traz uma coletânea de artigos que aborda os múltiplos sentidos do corpo na sociedade contemporânea e mostra como ele é importante para a manifestação do ser humano, conforme coloca Humberto:

– São vários capítulos com diferentes abordagens: pessoas que falam da psicoterapia a partir da musicoterapia, a partir da educação, da sociologia, inclusive a partir da teologia, discussão trazida por Leonardo Boff.