Nesse último dia 12, a professora Simone Cardoso esclareceu para alunos do Instituto de Física (IF) da UFRJ o papel e o mercado de trabalho do profissional de Física Médica. A aula teve como objetivo atrair olhares para essa habilitação, oferecida pelo IF desde 2000, juntamente com o Bacharelado e a Licenciatura em Física.
Segundo a professora, o profissional dessa área é responsável por desenvolver melhoria nas técnicas de imagem, entre elas, Mamografia, CT, MR e Ultra-som, assegurando proteção radiológica ao paciente. Seu campo de atuação divide-se basicamente em dois, o de diagnóstico, que engloba o radiodiagnóstico e a medicina nuclear; e o de tratamento, responsável pela radioterapia. Há também possibilidade de seguir carreira como Físico Médico Pesquisador, cuja titulação será examinada pela Associação Brasileira de Física Médica (ABFM).
O curso de Física Médica é multidisciplinar compreendendo as áreas de Física, Ciências Biomédicas, Engenharia e Matemática. Para atender a essa demanda, o IF conta com parcerias de institutos internos, como o Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), o Instituto de Ciências Biológicas (ICB); e externos como órgãos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A professora lembrou que a lei nº. 453 de 1998 (Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnósticos Médico e Odontológico do Ministério da Saúde), que estabelece a necessidade do especialista em Física Médica em instalações de radiologia médica e odontológica, não é cumprida. Dados do CNEN constam que, no país, há cerca de 18 mil instalações de radiodiagnóstico médico e 50 mil consultórios odontológicos com equipamentos de raios-x.
– Não há no país esse número de profissionais, muito menos de vagas abertas para esses profissionais – disse a professora, referindo-se ao número de instalações radiológicas.