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Memória

Aula inaugural do primeiro mestrado profissional da UFRJ

 Foto: Agência UFRJ de Notícias
  
Jorge Guimarães, presidente da Capes

A Escola Politécnica (Poli) e a Escola de Química (EQ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram, no dia 14 de março, a aula inaugural do Programa de Engenharia Ambiental, que oferece o primeiro curso de mestrado profissional da Universidade. O evento ocorreu na sala D-220 do prédio do Centro de Tecnologia (CT), localizado na Ilha da Cidade Universitária (Fundão), reunindo diversas personalidades de destaque na área de Ciência e Tecnologia relacionadas à Pós-graduação.

Dentre os presentes na solenidade, podemos destacar os professores Walter Suemitsu, decano do CT/UFRJ; Ericksson Almendra, diretor da Poli; Angela Uller, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ; Cláudia Morgado, coordenadora do Programa de Engenharia Ambiental da Poli e Luiz Antonio d’Avila, diretor da Escola de Química (EQ/UFRJ).

Também compareceram Ricardo Gattass, superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT); e Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), que ministrou a aula inaugural do mestrado profissional.

Após o evento, os presentes participaram de uma confraternização no Salão Nobre da Decania do CT/UFRJ.

Engenharia e desenvolvimento
Em sua conferência, cuja platéia incluía alunos da primeira turma do mestrado profissional da UFRJ, Jorge falou sobre a Pós-graduação no Brasil ressaltou a importância das Engenharias para o desenvolvimento do país. “Toda vez que o Produto Interno Bruto (PIB) cresce mais de 4%, sabemos que a demanda primeira é a de engenheiros”, afirmou.

Segundo o presidente da Capes, o desenvolvimento das Engenharias – assim como o investimento em pesquisas neste campo – é um fator prioritário e estratégico para o progresso do nosso país, que deve levar em consideração alguns princípios, tais quais a garantia da sustentabilidade, entre outros. Ele opinou: “as empresas devem se preocupar cada vez mais com essa questão do desenvolvimento sustentável”.

A velocidade de crescimento do setor empresarial de um país, conforme destacou Jorge, depende, em grande parte, de engenheiros altamente qualificados, os quais são capazes de determinar o desempenho das organizações, sejam elas empresas ou indústrias. Neste sentido, as Engenharias têm papel fundamental na geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social, uma vez que têm a capacidade de criar e gerir empreendimentos.

Momento histórico
Para Cláudia, coordenadora do curso de mestrado profissional em Engenharia Ambiental da UFRJ, “todo conceito que o homem não modifica ao longo da sua evolução vira pré-conceito” e a aceitação deste tipo de mestrado na UFRJ representou uma verdadeira mudança de paradigma.

– Nós tivemos 208 inscritos para 21 vagas, o que já mostra como será o curso -, exemplificou Ericksson ao refletir sobre as perspectivas desta inovação no ensino da UFRJ.

O curso tem foco em três áreas: “Gestão ambiental de empresas: auditoria ambiental”, “Segurança ambiental: gerência e análises de riscos” e “Saneamento Ambiental: gestão de serviços de saneamento”. Mais informações na página eletrônica: http://www.poli.ufrj.br/strictosensu_pea.html

A aula inaugural da primeira turma de mestrado profissional da UFRJ foi definida como um momento histórico pelo diretor da Poli. Ele lembrou que a Politécnica comemora 216 anos de vida em 2008 e que, ao longo de todo este tempo, alguns episódios também marcaram e entraram para a História. Destacam-se, por exemplo, a chegada da Família Real ao Brasil, que provocou uma mudança de status, e a separação entre civis e militares na Escola, que deu origem ao Instituto Militar de Engenharia (IME).

Convênio com o INPI
Na ocasião, também esteve presente Jorge Ávila, presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que assinou, junto ao professor Ericksson, um convênio com a UFRJ.

O objetivo é fundamentar as relações entre a Poli/UFRJ e a Academia de Inovação e Propriedade Intelectual do INPI – que é referência na difusão do conhecimento acerca da “gestão da inovação e do conhecimento” (propriedade intelectual, patentes, etc.) -, além de sustentar atividades de pesquisa conjunta em torno do tema “sistemas de inovação”, em especial os sistemas empresariais.

Segundo o professor Adriano Proença, do Programa de Engenharia de Produção (PEP) do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), este convênio também abrange relações acadêmicas entre ambas as instituições, como a colaboração de professores para orientações cruzadas, cursos de extensão, entre outros.