O professor Francisco Carlos contextualizou os Anos Trinta, que, segundo ele, promoveram grande transformação em parte da sociedade, não sendo algo específico do Brasil mas sim um processo mundial. Nesse contexto, insere-se Luiz Carlos Prestes, que se torna uma figura dominante nas lutas sociais brasileiras e na resistência ao avanço do Fascismo. “A trajetória de Prestes é uma trajetória de um militante antifascista, de um militante contra a barbárie que se formava naquele momento”, comentou.
Anita Prestes pontuou que a formação da historiografia oficial não atende ao compromisso do historiador com as evidências e busca assegurar o domínio das elites: “A história oficial é a expressão da ideologia dominante, ou seja, dos interesses das classes dominantes”, declarou .
Para exemplificar, Anita falou sobre o Levante de 1935, promovido pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), denominado pejorativamente de “Intentona Comunista”, que contrariando o que relata a história, os documentos provam não haver intenção de promover uma revolução comunista nem haver o recebimento de ordens por parte da União Soviética.
Anita ainda ressaltou que há uma tendência da historiografia oficial de denegrir a imagem de seu pai, Prestes, pois sua luta social incomoda os donos do poder.